Nova geração reduz ou abandona o consumo de bebidas alcoólicas em eventos sociais
A mudança de comportamento prioriza a saúde mental e o bem-estar, deixando de lado a interferência de pressões sociais

Cada vez mais jovens têm reduzido ou substituído o consumo de bebidas alcoólicas por opções mais leves, como sucos, refrigerantes e outras alternativas não alcoólicas. Em datas especiais, bares, festas e encontros sociais, cresce o número de pessoas que optam por meios saudáveis de consumo. A nova geração é adepta ao movimento, que traz grandes impactos na qualidade de vida através de novas formas de socialização e diversão. A mudança de comportamento prioriza a saúde mental e o bem-estar, deixando de lado a interferência de pressões sociais em uma juventude que busca ser mais consciente e responsável com a própria saúde.
A estudante de psicologia, Maria Eduarda Coelho, explicou porque parou de consumir bebidas alcoólicas. “Quando eu era mais nova, comecei a consumir álcool por tentar me encaixar em grupos sociais, mas depois eu percebi que não era pra mim, que eu de fato não gosto do gosto do álcool. A partir daí, eu parei de consumir 100%. Eu bebo muita água e suco, então eu diria que o suco líquido é uma boa alternativa pra quem não gosta de álcool. Dá pra também em eventos sociais pedir um suco ou um drink sem álcool, com batida de suco e água com gás”, pontuou.
Com a troca do álcool por bebidas mais leves, a estudante de 20 anos, já consegue observar os impactos e benefícios que a decisão traz para a vida cotidiana. “Quando eu tentei ainda consumir o álcool, eu acordava com muita ressaca, me sentia mal, inchada. Agora não tenho mais ressaca no outro dia, então eu saio com meus amigos, acabo não consumindo nenhum tipo de bebida alcoólica e acordo me sentindo muito bem no dia seguinte. A gente tem que olhar para os nossos limites, ter autoconhecimento e entender se aquilo faz sentido para a nossa vida. Para mim nunca fez sentido, então eu optei por não consumir, porque para mim não acrescentava em nada”, contou.
Para a nova geração, a iniciativa de reduzir ou abandonar o consumo de álcool se tornou uma decisão de autocuidado. Com a adoção do novo estilo de vida, muitos jovens relatam que tiveram como resultado uma rotina mais produtiva, com noites de sono mais tranquilas e melhora da ansiedade.
A dentista, Melissa Ballier, optou pelo consumo social em quantidades menores. “Eu consumo socialmente, em pequenas quantidades, se vou em um restaurante e estou com os amigos ou em um bar, por exemplo, eu tomo um drink que para mim já é suficiente, não consigo tomar mais do que isso. É uma opção pessoal, mas acho que também por meio de um histórico familiar de uma relação saudável com o álcool. Acho que vai muito de como você foi ensinado a consumir, foi assim que eu aprendi a viver e eu entendo que era uma opção mais saudável”, explicou.
A escolha se reflete em diferentes aspectos da vida, e, para Melissa, é fundamental que o consumidor entenda quais são os prejuízos causados pelo excesso. “A gente sabe tudo que o consumo de álcool pode causar. Se a gente pesar na balança mesmo, quando você consome dessa maneira, na minha opinião, você tira tudo que é o melhor, que é o sabor, o detalhe daquele momento, comendo alguma coisa que combine, mas numa relação saudável sem que aquilo te prejudique. Quando a gente é jovem, a gente tem a visão de que tudo a gente pode. Com esse consumo rápido você não desfruta daquilo que tem que ser desfrutado, é um tipo de autodestruição. A gama é você desfrutar, não você se autodestruir”, aconselhou.
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