Na véspera do Dia dos Pais, homenagens nos cemitérios de Belém são antecipadas para fugir da lotação
Movimento menor na véspera garante homenagens mais tranquilas e sem a correria típica de datas comemorativas.

Buscando maior tranquilidade para prestar as homenagens e fazer as orações em homenagem ao Dia dos Pais, muitos optam por antecipar as visitas ppara evitar aglomerações, ter mais tempo junto aos jazigos e viver o momento de forma mais silenciosa e íntima. No cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém, a manhã deste sábado, 9, que antecede a data comemorativa, foi marcada pela tranquilidade e o sentimento de saudade.
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A aposentada Janete Fonseca, 72 anos, visita o túmulo do pai desde 1981, ano em que ele morreu, numa sexta-feira, dois dias antes do Dia dos Pais. "Essa é uma data que mexe muito com o sentimento. Traz muitas lembranças, mas não deixo de vir nunca", revelou.
Nos últimos anos, ela tem escolhido ir sempre na véspera para fazer suas orações com maior tranquilidade e calmaria. "No domingo vem muita gente, embora já tenha vindo na data algumas vezes. Mas de um tempo pra cá, prefiro o sábado, que é mais tranquilo”, afirmou. Para ela, o momento é indispensável: “A saudade aumenta a cada dia. Venho para fazer orações, ajeitar o jazigo e lembrar de tudo o que vivemos.”
A doméstica Maria do Socorro Pinheiro do Nascimento, 64 anos, também antecipou a visita ao pai e ao marido, já falecidos.
“Prefiro vir antes, porque no domingo é muito conturbado. Aqui é um momento de oração e de ajeitar o túmulo”, disse. Ela mantém a tradição há mais de uma década. “Já fazem 13 anos que faço isso, todos os anos. É um momento especial para mim e para minha família.”
A massoterapeuta e bióloga Nazaré Pereira, 59 anos, foi acompanhada da irmã para prestar homenagem ao pai, morto há mais de 40 anos.
“Todos os dias são dos pais, mas essa é uma data especial. Aqui a gente relembra os bons momentos e presta nossa homenagem, com mais tranquilidade”, contou. Segundo ela, a véspera é ideal para viver o momento sem pressa. “A gente aproveita para limpar o jazigo, colocar flores novas e, principalmente, matar a saudade.”
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