Mutirão de saúde leva exames preventivos para mulheres em Belém

A ação ocorre até as 15h deste sábado (18) e retorna no próximo dia 25 deste mês, iniciando às 8h, na Uremia da avenida Alcindo Cacela

Camila Azevedo
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Levar informação e prevenção contra o câncer de colo de útero é o objetivo de um mutirão de saúde realizado em Belém. A ação ocorre neste sábado (18), tendo início às 8h e indo até as 15h, na Unidade de Referência Especializada Materno Infantil (Uremia), localizada na avenida Alcindo Cacela. A expectativa da organização é que cerca de 150 mulheres passem pelo local em busca do exame preventivo (PCCU) e biópsias de forma gratuita. A iniciativa também estará ocorrerá no próximo dia 25 deste mês.

Na região Norte, o câncer de colo de útero é o segundo tipo mais comum e uma das principais causas de morte da população feminina no Brasil. No Pará, foram 250 casos da doença somente em 2022, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Além disso, ainda que sendo uma patologia considerada grave, com diagnóstico precoce, pode ser tratada.

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Importância

Elaine Oliveira, diretora da Uremia, explica que a importância da ação é focar na prevenção para conter os índices de casos. Além disso, o mutirão é alusivo ao Março Lilás, campanha de conscientização sobre a doença. “É importante para prevenir de um quadro clínico de câncer do colo de útero, que é uma das maiores causas da mortalidade feminina. Mas, o PCCU é preventivo e indicativo, também, para o início de um tratamento que não permite com que as mulheres avancem com esse quadro”.

O fluxo de atendimento começa com cadastro. Depois, as mulheres são encaminhadas para a realização do PCCU. Se alguma anormalidade for identificada, o próximo passo é a colposcopia - exame que analisa o trato genital feminino. Tendo visualização de algo que seja emergencial, a paciente é encaminhada para um ginecologista, que participa do mutirão. “Não oferecemos somente o PCCU, mas hoje, também, trazemos biópsias, que são importantes para melhor diagnosticar e encaminhar a mulher para o tratamento”, afirma Elaine.

Atenção aos sinais

A médica ginecologista Elizabeth Mendes, que participou da ação na Uremia, alerta para os sinais que as mulheres devem levar em consideração. “O principal é o sangramento na relação sexual. Teve sangramento, tem que fazer a avaliação, porque já pode ser uma alteração de câncer. É basicamente isso, um corrimento com odor fétido, ainda, já aparenta que está tendo necrose tecidual”, diz a especialista.

Entretanto, Elizabeth afirma que fazer o exame preventivo anualmente é uma forma de evitar que a situação chegue a esse ponto. O PCCU identifica qualquer mudança sugestiva e ajuda no combate. “O câncer de colo de útero não nasce câncer. Ele primeiro dá os sinais, que são alterações sugestivas de que vai evoluir para a doença e isso demora em torno de 5 a 10 anos para acontecer. Por isso, nós insistimos no exame preventivo”.

Cuidar da saúde é uma forma de se amar, diz paciente

Cleide Carvalho, de 41 anos, aproveitou a oportunidade para colocar o exame preventivo em dia. Ela chegou às 6h15 para garantir o atendimento. “Todo ano eu faço isso, gosto de fazer, é uma questão de saúde. Uma coisa eu tenho comigo: quando a gente se ama de verdade, a gente tem que correr atrás da nossa saúde. Então, onde tem essas ações, eu estou lá, porque gosto muito. Gosto de saber para ter um acompanhamento e ver como estou”, relata.

“Hoje você sente uma coisa e não procura ajuda. Quando vai correr atrás, já não tem mais jeito. Se a gente tem essas oportunidades, a gente tem que ir atrás, porque nem sempre temos condições financeiras de pagar pelo exame. Quando o governo dá, tem que aproveitar”, conclui Cleide.

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