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Câncer cervical é um dos tipos mais comuns entre mulheres, analisam especialistas

O Pará registrou 250 casos da doença somente em 2022; a doença é quarta causa mais comum de morte das mulheres no Brasil

Gabriel Pires
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Neste mês, é comemorada a campanha ‘‘Março Lilás’’, iniciativa que visa combater o câncer cervical — também conhecido como câncer de colo de útero ou neoplasia maligna de colo do útero. O Pará registrou 250 casos da doença em 2022, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgados a pedido da Redação Integrada de O Liberal nesta segunda-feira (6). Já em 2021, foram 130 casos. O câncer — causado principalmente pela infecção do Papilomavírus Humano (HPV) — costuma ser visto em duas fases: o carcinoma in situ do colo do útero (cérvix), que é tratado como lesão — com 284 casos no Estado em 2022, e 547 casos ocorrências em 2021. Caso evolua, o quadro é diagnosticado como neoplasia maligna de colo do útero. Especialistas apontam que esse é o tipo de câncer mais incidente em mulheres e é considerado um problema de saúde pública.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que a doença é o terceiro tumor mais frequente entre as mulheres, ficando atrás somente do câncer de mama e do colorretal. Também é a quarta causa mais comum de morte das mulheres no Brasil. A farmacêutica oncologista, Simone Sena, do Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA), alerta que as causas do câncer podem ser explicadas desde a iniciação precoce da vida sexual até pelo uso de contraceptivos. “Alguns dos fatores principais [para o câncer] são o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais, a multiparidade e o uso de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de câncer no colo do útero”, explicou Simone.

Sintomas

A doença, inicialmente, não é sintomática. No entanto, com a evolução do tumor, outros quadros começam a surgir, segundo explica Simone. Ela detalha que, por isso, é importante a ida regular ao ginecologista. “Quando os sintomas aparecem, os sintomas mais importantes são os sangramentos vaginai após relações sexuais, sangramentos no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa. Além de corrimentos vaginais de cor escura e com mau cheiro”, alertou a farmacêutica.

“A partir do momento que é diagnosticado [câncer], o tratamento começa com médico ginecologista e oncologista. O tratamento depende do estágio da doença. Quem vai verificar o melhor tipo de tratamento é o médico, por meio do estadiamento da doença, através de exames. Ele vai escolher realmente uma conduta, se inclui cirurgia, se é quimioterapia, se é radioterapia. Esses são os tratamentos principais”, descreveu Simone.

Prevenção

A infecção pelo HPV nem sempre evolui para outros casos mais graves, mas alterações celulares podem levar a infecção a se tornar, de fato, um câncer. A partir disso, as principais formas de prevenção são: vacina contra o HPV (disponível para meninas de 9 a 14 anos) — que diminui em 70% dos cânceres de colo do útero; o uso de preservativos durante as relações sexuais, visando diminuir o risco de contágio do HPV; e realização do exame preventivo, conhecido como Papanicolau, que deve ser feito periodicamente pelas mulheres assim que a vida sexual é iniciada.

A Sespa detalhou que os exames preventivos de câncer de colo de útero são atribuições da Atenção Básica, e devem ser garantidos pelas gestões municipais. Conforme a necessidade, os usuários são encaminhados para tratamento com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia no Hospital Ophir Loyola (HOL) e nas Unidades de Alta Complexidade do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) e Hospital Regional de Tucuruí (HRT), além do atendimento em oncologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto, de gestão federal.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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