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Moradores prejudicados com sorteio de residencial protestam em frente à Prefeitura de Ananindeua

O Ministério das Cidades (MCID) e a Caixa Econômica Federal já afirmaram que não foram informados previamente sobre a realização do sorteio das unidades habitacionais do residencial Pouso do Aracanga, no município de Ananindeua

O Liberal
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Um protesto foi realizado em frente à Prefeitura de Ananindeua, na manhã desta segunda-feira (5). O ato público reuniu pessoas que, previamente cadastradas, participaram do sorteio para ter acesso às unidades do residencial Pouso do Aracanga, mas não foram contempladas. E, agora, temem ser prejudicadas por causa do sorteio feito pela prefeitura de Ananindeua. Os manifestantes seguravam cartazes com as seguintes frases: “Fomos injustiçados nesse sorteio” e “Queremos um novo sorteio”. Eles afirmam que faltou transparência no sorteio.

O Ministério das Cidades (MCID) e a Caixa Econômica Federal já afirmaram que não foram informados previamente sobre a realização do sorteio das unidades habitacionais do residencial Pouso do Aracanga, no município de Ananindeua, no último dia 1º de maio.

Em nota divulgada nesta sexta (2), os dois órgãos federais informam que a iniciativa, conduzida pela Prefeitura, “ocorreu sem a devida autorização do Governo Federal, em desacordo com a Portaria MCID nº 988/2024, que estabelece que eventos dessa natureza devem ser solicitados com, no mínimo, 30 dias de antecedência e formalmente comunicados à Caixa e ao Ministério das Cidades”.

image Moradores fazem ato pedindo anulação de sorteio de moradias do 'Minha Casa Minha Vida', em Ananindeua. (Foto: Ivan Duarte / O Liberal)

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Em nota divulgada nesta sexta (2), o órgão federal afirma que “está acompanhando o caso e reforça que eventuais irregularidades serão apuradas com rigor”

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O ato foi realizado na manhã desta segunda-feira (14), no bairro do 40 Horas

“Após tomar conhecimento do evento pela imprensa, o Ministério notificou a Prefeitura informando que a realização do sorteio não estava autorizada e que, por se tratar de um empreendimento financiado exclusivamente com recursos federais - mais de R$ 128 milhões - era imprescindível a participação de representantes do Governo Federal”, diz o texto divulgado.

"A gente quer um novo sorteio", diz estudante

A estudante Janilce Foro, 34 anos, participou do protesto. Ela criticou o sorteio. “Nós acreditamos que foi roubalheira, segundo a população fala. Não teve (a presença do) prefeito, que é o responsável no município. Não teve o ministro (das Cidades), que era importante, não teve a Caixa Econômica”, disse. “A gente quer um novo sorteio”, afirmou. O residencial tem mais de mil unidades e foram sorteadas apenas 200 pessoas, afirmou. “Cadê essas casas? Eu participei do sorteio. Eles marcaram 8 horas e 8h15, 8h20 já estava terminando. Foi uma coisa muito rápida. A galera chegando e o sorteio já tinha terminado”, afirmou.

“A gente está em busca de uma resposta do prefeito. A gente quer saber o que aconteceu. Por que essa mentira? Por que colocaram esperança na população? Todas as pessoas foram para lá com a esperança de ganhar. São mais de mil casas. Então são mil famílias”, completou Janilce.

Amilton Teixeira, 54 anos, faz parte de um movimento social de Ananindeua e também participou do ato público. “Nós queremos uma resposta do prefeito Daniel. Nós queremos respostas. A gente quer um sorteio digno que represente realmente o (programa) ‘Minha Casa, Minha Vida’, que é um projeto do governo federal. A gente quer legitimidade. Infelizmente, a gente tem que ir para a rua para reivindicar os nossos direitos”, disse. “Nunca na história do Brasil aconteceu um sorteio tão absurdo como esse que ocorreu no dia 1º na Arterial 18", afirmou.

Ele acrescentou: "O ‘Minha Casa, Minha Vida’ sempre foi de forma organizada, sempre foi de forma transparente. E esse a gente está com essa cortina de fumaça. Nem ele, como prefeito, como representante do município, se fez presente. Não teve representante do governo federal e nem do governo estadual”. “O sorteio deveria ser um momento de felicidade, mas está trazendo angústia para essas famílias. Isso é uma pouca vergonha. Prefeito Daniel, não manche o bom nome do nosso município com a sua ganância”, completou Amilton.

O residencial Pouso do Aracanga é um empreendimento de 1.344 unidades habitacionais, contratado originalmente em 2013 e paralisado desde 2018. “Com o apoio financeiro e técnico do Governo Federal, sua retomada vem sendo acompanhada de perto para garantir a entrega às famílias ainda este ano”, informa a nota divulgada pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua e aguarda retorno.

protesto=ananindeua

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