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Infarto é comum entre pessoas jovens? Veja o que diz um especialista

O cardiologista Antonio Monteiro, de Belém, explica a incidência de infartos em pessoas mais novas e lista orientações para evitar casos como esse

Gabriel Pires
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Casos de infarto - ou ataque cardíaco - entre os mais jovens não é tão comum. Entretanto, alguns casos podem ocorrer por conta de fatores genéticos, estresse, entre outras predisposições. No último sábado (18), um jovem de 19 anos, que era jogador da equipe Sub-20 do Águia de Marabá, morreu após um infarto, em Parauapebas, antes de uma partida de futebol. Entretanto, não se tem informações oficiais sobre o que levou ao óbito do rapaz, identificado como Afonso Rossa Inda. 

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Apesar dos casos de infarto serem mais recorrentes em pessoas mais velhas, o cardiologista Antonio Monteiro, de Belém, explica que a incidência entre pessoas mais jovens não é incomum e que tem crescido. Ele explica, ainda, que o problema pode se manifestar em qualquer idade e pontua que alguns fatores de riscos são alerta para um ataque cardíaco - isso está associado, principalmente ao estilo de vida do paciente, que pode também ser um sinal de alerta.

“Um infarto ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do coração é interrompido ou severamente reduzido, impedindo obtenção de oxigênio e nutrientes pelas células cardíacas. Na maioria das vezes ocorre devido um bloqueio das artérias coronárias, que são responsáveis por fornecer sangue ao músculo cardíaco. Existem vários fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de um indivíduo sofrer um infarto, incluindo tabagismo, dieta rica em gorduras saturadas e colesterol, sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial, diabetes e histórico familiar de doenças cardíacas”, explica o médico.

Causas

De acordo com o médico, a ocorrência de infartos aumenta com a idade, porém os jovens também podem estar em risco. Segundo ele, especialmente aqueles que apresentam certos fatores de risco ou condições médicas subjacentes. “Existem várias causas de infarto em pessoas jovens, incluindo doença cardíaca congênita. Algumas pessoas nascem com anormalidades estruturais no coração que podem aumentar o risco de infarto, mesmo em uma idade jovem”, alerta Antonio.

Fatores genéticos, como histórico familiar de doenças cardíacas, além de hábitos de vida pouco saudáveis e abuso de drogas lícitas também podem elevar o risco de infartos em jovens. Além disso, “altos níveis de estresse crônico podem desempenhar um papel na predisposição ao infarto. O estresse pode levar ao aumento da pressão arterial, inflamação e outros efeitos fisiológicos prejudiciais. E o uso de anabolizantes causam um efeito direto no aumento do colesterol circulante e também inflamação nas artérias coronárias, o que propicia a formação de placas”, detalha o especialista. 

Portanto, conhecer os sintomas do infarto e procurar ajuda é extremamente importante, conforme avalia o especialista. Entre os sinais estão: dor no peito, falta de ar, desconforto no braço, náuseas e vômitos, além de palpitações cardíacas e fadiga extrema. “Se um jovem apresentar algum desses sintomas de alerta, é importante procurar ajuda médica imediatamente. Não ignore os sintomas, mesmo que você ache que são devido a uma causa menos grave. O tempo é crucial no tratamento de um infarto, e buscar assistência médica rapidamente pode salvar vidas”.

Prevenção

A fim de evitar casos de infarto, alguns cuidados são essenciais. Ainda como explica o especialista, essas medidas devem ser comuns a todas as idades. “Felizmente, muitos casos de infarto podem ser prevenidos através de mudanças no estilo de vida e medidas preventivas. É essencial que os jovens estejam cientes dos fatores de risco e adotem um estilo de vida saudável desde cedo, incluindo dieta equilibrada, exercício regular, abstenção do tabaco e gerenciamento do estresse”, alerta Antonio. 

Entre outras dicas de prevenção: “Manter um peso saudável, pois o excesso de peso coloca uma carga adicional no coração e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Exercitar-se regularmente, pois  o exercício físico é crucial para a saúde do coração. Tente realizar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana, como caminhadas, natação, ciclismo ou dança; não fumar, já que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. 

“Além do controle da pressão arterial e do colesterol. Faça exames regulares para monitorar a pressão arterial e níveis de colesterol. Se necessário, tomar medidas para controlá-los com medicação prescrita pelo médico. E ainda, controlar o estresse. E fazer check-ups regulares, Deve-se consultar o médico regularmente para exames de saúde preventivos e para discutir quaisquer preocupações relacionadas à saúde do coração. Lembrando que a prevenção é a chave para reduzir o risco de infarto e outras doenças cardiovasculares”, destaca Antonio Monteiro.

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Belém
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