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Guamá diz que está normal entrada de caminhões de lixo no Aterro Sanitário de Marituba

Na segunda-feira (15), uma fila de caminhões se formou no aterro, no primeiro dia de operações da nova empresa responsável pela coleta na capital

Dilson Pimentel

Um vídeo que circulou nas redes sociais durante a terça-feira (16) mostrou uma fila de caminhões da Ciclus Amazônia aguardando o momento de entrar no Aterro Sanitário de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, gerando atrasos na coleta do lixo domiciliar na capital. Essa situação ocorreu na segunda-feira (15), primeiro dia de atividades da Ciclus. Apesar dessa situação registrada, a entrada de caminhões no local para descarregar o lixo domiciliar produzido em Belém, estava normal, como constatado na quarta-feira (17). A informação foi confirmada por Reginaldo Bezerra, diretor regional da Guamá Tratamento de Resíduos, que administra aquele espaço.

Apesar disso, um motorista da Ciclus que preferiu não se identificar relatou os problemas enfrentados no local, ainda na segunda-feira. "Tem caminhão desde às 8h para descarregar e não descarregou, até por volta das 10h. Ou seja, está na mesma situação", disse ele, sobre a espera no aterro. Empresa vencedora da licitação do sistema de coleta e tratamento dos resíduos sólidos de Belém, a Clicus começou, na segunda-feira (15), os trabalhos na capital paraense de coleta, varrição, implantação de ecopontos e de lixeiras na cidade e ativação do canal de atendimento à população. Estima-se o recolhimento de 2 mil toneladas de resíduos por dia neste primeiro mês de atuação do consórcio.

Em meio a isso, conforme noticiado na coluna Repórter 70, nesta terça-feira, a Secretaria de Saneamento de Belém (Sesan) e a Procuradoria do Município estão buscando mecanismos para iniciar uma inspeção no aterro por conta desses atrasos. Sem ter ainda para onde levar o lixo recolhido em Belém, a Ciclus continua depositando o material na área da Guamá. Entretanto, a empresa alega que tem prejuízos com a operação e mantém o funcionamento a partir de uma decisão liminar proferida pela desembargadora Filomena Buarque. A multa diária, em caso de descumprimento, é de R$ 1 milhão. A Guamá recorreu da decisão.

Na manhã desta quarta-feira (17), e em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, o diretor regional Reginaldo Bezerra afirmou que, com o ingresso da nova empresa na limpeza urbana de Belém, nada irá mudar em relação às atividades da Guamá. “A Guamá continuará recebendo os mesmos resíduos que já vinham recebendo antes e provenientes do município de Belém. Ou seja, a nossa operação continua normalmente com a quantidade de equipamentos, de pessoas, com toda a nossa estrutura operacional. Então não há nenhuma alteração significativa. Nem para mais, nem para menos”, disse.

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A decisão visa garantir a continuidade dos serviços essenciais de recebimento e tratamento de resíduos sólidos na Região Metropolitana de Belém, evitando colapsos na disposição desses resíduos.

Volume de lixo é maior na segunda-feira, diz diretor da Guamá

O aterro recebe os resíduos produzidos em Belém, Ananindeua e Marituba. A capital é que gera a maior quantidade de lixo domiciliar - mil toneladas diárias. “Nós temos uma capacidade máxima, dentro da nossa licença, de 1.500 toneladas de resíduos por dia. Obviamente que há uma variação ao longo dos dias da semana. Tem dias que gera mais lixo, tem dias que gera menos”, afirmou.

Ele também comentou sobre o vídeo que circulou nas redes sociais. Todos os dias os caminhões saem de Belém, Ananindeua e Marituba às 7 da manhã para fazer a coleta. E geralmente concluem essa primeira viagem de lixo entre 11 e 12 horas.

“E aí chegam no aterro entre 50 a 70 caminhões de uma vez só. Então esse pico das 11 às 13 horas é perfeitamente normal. Isso é diário e principalmente numa segunda-feira, onde o volume de lixo aumenta devido ao fim de semana. Então essa fila que aconteceu na segunda-feira é perfeitamente normal”, disse Reginaldo Bezerra. Segunda e terça são os dias que geram muito mais lixo na capital.

“Todas as segundas-feiras ocorre. É um momento que chegam todos ao mesmo tempo, mas depois desafoga. Os veículos descarregam e, ao longo do dia, a operação fica normal”, explicou. Ele disse que a Ciclus precisava informar o número de caminhões que entrariam, na segunda-feira, no aterro, para que a Guamá fizesse o cadastro dos veículos para o controle operacional.

“No sábado, a empresa mandou uma relação com 43 veículos. Nós colocamos o nosso pessoal de plantão para fazer o cadastro desses caminhões no domingo de forma que, na segunda-feira, a operação iniciasse normal”, contou.

image Diretor regional da Guamá Tratamento de Resíduos, Reginaldo Bezerra (Foto/Carmem Helena (O Liberal))

"A Guamá não faz a coleta de lixo”, afirmou representante da empresa

Ocorre que, na segunda-feira, a Ciclus mandou uma nova lista, desta vez com uma relação de 50 caminhões - ou seja, aumentando em mais sete caminhões, “onde teve que ser feito o cadastro às pressas aqui para que não houvesse problemas na descarga. Não houve problema, mas gerou um atraso para fazer esse cadastro”.

E, nesta quarta, com três dias de operação, o número de veículos aumentou para 60. “Ou seja, ao que tudo indica, não há ainda um controle exato de quantos caminhões a empresa colocará para fazer a coleta de lixo de Belém. E cada caminhão tem que ser devidamente cadastrado, controlado para os nossos controles operacionais”, disse o diretor da Guamá. “Para cada caminhão que for acrescentado nós temos que fazer todo o nosso procedimento de cadastro do veículo, do motorista, por procedimentos tanto operacionais como procedimentos de segurança no interior do Aterro Sanitário”, afirmou.

Reginaldo Bezerra também disse que a Guamá não vai medir esforços para atender a frota de Belém na coleta de lixo, da mesma forma como tem trabalhado para atender Ananindeua e Marituba. “O nosso procedimento aqui é por ordem de chegada. Então não há prioridade para município A, B ou C”, afirmou. “Se depender da Guamá, não haverá problemas na limpeza de Belém. Agora, a Guamá não faz a coleta de lixo e não transporta resíduos. A Guamá recebe esses resíduos e ela está pronta para recebê-los”, concluiu.

Em nota, a Ciclus Amazônia, gestora dos resíduos sólidos de Belém, informou que tem um planejamento com frequência e horário de passagem dos caminhões, definidos para toda a cidade, onde existe variação entre alternados e corridos, dependendo do bairro. "Pelas condições atuais (quantidade de lixo depositado nas ruas), a normalização do serviço deverá levar um tempo até a sua completa normalização. O plano de coleta ainda poderá sofrer alterações e caso as mesmas ocorram, serão prontamente informadas a população", finaliza o comunicado.

A Redação Integrada de O Liberal solicitou um posicionamento sobre o assunto à Sesan. A reportagem aguarda retorno.

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