Feira do Artesanato da Praça da República celebra 40 anos com bolo e música em Belém
O espaço reúne 45 barracas, apresenta uma diversidade de produtos e gera renda para os artesãos

Com direito a bolo de cupuaçu de dois metros e apresentação musical, os 40 anos da Feira do Artesanato da Praça da República foram comemorados na manhã deste domingo (24), em Belém. O evento reuniu artesãos, visitantes e frequentadores habituais do espaço cultural, que se consolidou como um dos principais pontos de encontro e de economia criativa da capital paraense.
O presidente da Feira do Artesanato, Gilson Jorge Pereira, destacou a relevância do espaço para a cidade. “A Feira do Artesanato aqui na Praça da República está completando 40 anos. 40 anos de arte na praça, com muita luta e muita guerra”, disse. “A importância da Feira para Belém é excelente, porque nós temos um espaço maravilhoso, uma arborização maravilhosa. E movimenta a economia da cidade, principalmente a nossa, do artesão. Eu costumo dizer que essa é a maior feira do Norte e Nordeste em artesanato, porque já visitei muitos estados e não vi a riqueza de produtos que temos aqui”, afirmou.
Gilson lembrou que a Feira reúne 45 barracas, que garantem o sustento de 45 famílias, e apresenta uma diversidade de produtos. “Nós temos o miriti, inclusive de gente de outros estados, como Abaetetuba. Temos também peças de municípios vizinhos, entre as quais remos, figuras rupestres, cerâmica marajoara, aquário, arte plástica e plantas ornamentais. Além disso, temos a nossa culinária, com sucos regionais e doces de muruci, bacuri e cupuaçu, que são um diferencial”, explicou.
VEJA MAIS:
A programação do aniversário contou com o bolo de cupuaçu, oferecido ao público, e a apresentação de uma banda de música para animar o espaço. A feira também atrai turistas de várias partes do país. É o caso da educadora Luana Hallai, de 26 anos. Ela mora em São Paulo e aproveitou a viagem a Belém para conhecer o espaço. “Cheguei aqui há dois dias e a feira é simplesmente maravilhosa porque tem um pouco de tudo. Tem muitos artesãos. Ela é gigantesca, vibrante, muito rica, e as pessoas são calorosas e gentis. Estou me sentindo muito bem recebida aqui”, afirmou.
Luana também contou que já fez algumas compras antes mesmo de terminar o passeio. “Já comprei essa tiara que estou usando e alguns caderninhos estampados. O que mais gostei até agora foram as roupas com impressões botânicas e a cerâmica marajoara. Ainda tenho muito o que explorar, porque a feira é muito extensa”, completou. Frequentadora assídua, a cirurgiã-dentista Mariléa Coelho Ribeiro, de 55 anos, contou que vai todos os domingos à feira, acompanhada do pai idoso. “Praticamente amanheço aqui, chego às 8 horas. Faço caminhada, minha atividade física, e aproveito para fazer as comprinhas já para o Natal, para presentear as pessoas querida. Aqui é um lugar que me sinto tão bem, tão leve. Principalmente a nossa cultura”, disse. “Dou muito valor a essas pessoas que vendem artesanato e compro muito desses produtos do mercado informal”, afirmou.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA