Derrubada de árvores deixa moradores revoltados no Marco

O cenário de destruição de quase todas as árvores do canteiro central deixou moradores da Passagem do Arame surpresos e indignados

Bruno Menezes | Especial para OLiberal

A derrubada de árvores causou revolta em moradores da Passagem do Arame, no bairro do Marco, em Belém, na manhã desta quinta-feira (7). Em vídeos que circulam nas redes sociais, populares expressaram sua insatisfação com o cenário de desmatamento ao longo da via, onde dezenas de vegetais foram cortados. Galhos e troncos permaneciam jogados no chão, junto a entulhos e pedaços de concreto do calçamento.

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A aposentada Idoni Sousa, 67, mora há 43 anos na passagem e ficou indignada com a remoção das árvores do canteiro central. Ela conta que ficou surpresa com a obra e exigiu explicações sobre o motivo dessa retirada.

image Idoni Sousa, 67 anos, moradora da Passagem do Arame, não concordou com a derrubada das árvores. (Tiago Gomes / O Liberal)

 

“Eu não concordei. Falaram que iam derrubar porque tava um perigo, mas que perigo? Vai ficar esse desmatamento aqui? Arrancar as árvores do jeito que fizeram, té tudo errado”, questionou a dona de casa, que já mora há 43 anos na Passagem do Arame.

Ainda segundo Idoni, o abate das árvores gerou problemas ambientais na localidade. “Esse corte de árvores prejudica muito porque agora ficou um calor insuportável aqui. Aqui a gente tinha tucano, periquito, papagaio, sabiá, bem-te-vi, agora os pássaros chegam aqui e não tem mais os frutos para eles. É muito triste isso”, lamenta a aposentada.

Alguns moradores foram mais receptivos com a obra, mas destacam problemas com a falta de podas regulares nos vegetais, o que, segundo eles, muitas vezes colocam em risco a vida das pessoas.

image Marcos José Lima Silva reclama da falta de manutenção das árvores no local. (Tiago Gomes / O Liberal)

“O galho de uma árvore estava encostando no fio de alta-tensão. Tentamos contato com a Semma, mas não vieram, então tivemos que subir nós mesmos para cortar e puxar o galho”, explicou o tapeceiro Marcos José Lima Silva, de 54 anos.

Em nota enviada para O Liberal, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) explicou que já enviou uma equipe ao local.

"Em conjunto com o Departamento Jurídico, os técnicos avaliam se houve crime ambiental, considerando o que foi constatado na fiscalização. Há ainda a possibilidade de uma segunda visita técnica, para que sejam aplicadas as sanções legais cabíveis, caso o crime seja confirmado", diz a nota.

Em nota, a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) informa que o projeto iniciado em setembro prevê um espaço de lazer, saúde e bem-estar para a população. As obras foram interrompidas, seguindo a recomendação do Manual de Arborização Urbana de Belém, para a retirada de 12 árvores do local. O processo está em andamento. Após a urbanização da área, novas mudas serão plantadas no trecho.

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