Belém recebe conferência que abordará sobre o panorama da covid-19 no Brasil

A programação teve como palestrante o médico infectologista Júlio Croda

Gabriel Pires e Laís Santana
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Para debater o cenário da pandemia de covid-19 a nível nacional, foi realizado nesta quarta-feira (29), a conferência “Covid-19: passado, presente e futuro”, com a presença do médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Júlio Croda. O infectologista apresentou uma visão geral da pandemia, falar das variantes, nova onda causada pela BA4 e BA5, tratamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) e outras instituições, durante evento realizado no auditório do Conselho Regional de Medicina (Cremepa), localizado no bairro do Umarizal, em Belém. A programação gratuita reuniu cerca de 200 participantes.

Durante a conferência, Croda, que também é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), abordou a importância da vacinação diante do panorama dos 30 meses em que a pandemia de covid-19 se alastrou no país. "O grande avanço que fez com que a gente retomasse as nossas atividades econômicas, gerasse emprego e renda foi a vacina, quanto maior a sua cobertura mais tranquilidade a gente tem nessa retomada porque sabemos que não iremos impactar o serviço de saúde", afirma. 

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O médico infectologista ainda avalia que o Brasil cometeu erros, principalmente no começo da pandemia, mas que o momento de mais tranquilidade possibilita o avanço da vacinação. 

"Nós erramos na comunicação, no suporte social, principalmente para as populações mais vulneráveis que no momento de fechamento das atividades precisaria de um suporte social, nós também ofertamos poucos testes e tivemos muita dificuldade na expansão de novos leitos de terapia intensiva", pontua. 

"A importância do debate mesmo com a queda da incidência é porque a gente tem sim, por conta do surgimento de novas variantes, estar investindo em pesquisa principalmente no desenvolvimento de novas vacinas que sejam mais efetivas que as atuais e controlar a transmissão através da vacina", esclarece Júlio Croda.

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Belém será sede de congresso multidisciplinar de Medicina

Além da palestra, a conferência o lançamento do 57º Congresso da SBMT (Medtrop), que ocorrerá entre os dias 13 a 16 de novembro, no Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, no bairro do Marco. O objetivo do Medtrop é propor soluções em diversas áreas da saúde para os principais agravos que acometem os trópicos. Será a quarta vez que Belém sediará o evento.

A programação científica do evento será composta de cursos pré-congresso, mini-conferências, mesas-redondas, conferências, além de outros eventos como: Reunião Aplicada de Doenças de Chagas e Leishmaniose (Chagasleish); IX Workshop de Genética e Biologia Molecular de Insetos Vetores de Doenças Tropicais (Entomol9); Fórum de Doenças Negligenciadas (Fórum DN); Workshop Nacional da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB) e o 2º Fórum Covid-19.

“Nós das comissões científicas e organizadoras do Medtrop pensamos em fazer este encontro para o lançamento do evento justamente para trazer informações neste final de semestre e anunciar o congresso que será o grande palco mundial das discussões da saúde nos trópicos em concomitância com uma pandemia, velhos e novos problemas que a saúde pública tem que saber como enfrentar, junto às questões ambientais e das populações amazônidas”, explicou Cléa Bichara, coordenadora da Comissão Organizadora do Medtrop.

Para Júlio Croda, o Medtrop será um momento especial, pois marcará os 60 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), além da retomada dos eventos científicos presenciais. Anualmente, mais de 3.000 participantes são esperados. Neste ano, o objetivo é superar essa média, que atrai um grande número de estudantes de graduação e pós-graduação.

“Belém do Pará é uma das principais cidades da região Norte do Brasil. Conta com importantes instituições de pesquisas na área de doenças tropicais e negligenciadas, além de ser o portal para a Amazônia, com características culturais marcantes seja na sua dança, comida ou na forma alegre de viver do povo paraense”, destacou o médico infectologista.

(Gabriel Pires, estagiário sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

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