Bebidas alcoólicas durante o verão podem causar problemas de saúde; saiba quais
Entre os mais frequentes, estão: inflamações no fígado e cirrose
O consumo de álcool tende a aumentar durante o verão com as altas temperaturas. As doses de bebidas ingeridas podem causar danos irreversíveis para a saúde e influenciam também no acúmulo de massa corporal da pessoa, o que pode causar a obesidade. Especialistas alertam para que haja cuidado com os tipos de líquidos escolhidos e atenção para a quantidade, tanto de teor alcoólico quanto de calorias contidas.
Os órgãos mais atingidos pelas bebidas alcoólicas são os que fazem parte do trato gastrointestinal. O fígado, que compõe esse conjunto, é responsável por fazer a filtragem de microorganismos e cuidar da desintoxicação do corpo, incluindo a oxidação de gorduras. As doenças que podem surgir vão desde inflamações hepáticas, como cirrose, tendo a possibilidade de evoluir para um câncer.
Com a elevação nas temperaturas, há quem prefira se refrescar com cerveja durante algumas refeições. Bruna Soares, de 32 anos, é dona de casa e afirma não deixar faltar a bebida durante a rotina. “Não gosto de suco, prefiro cerveja. Durante o verão, como é mais quente, bebo mais”, conta, se refrescando no Ver-o-Peso.
Uma cerveja equivale a um pão careca, diz endocrinologista
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o máximo de álcool que o ser humano pode ingerir sem causar tantos problemas para o organismo são de três a quatro doses por dia. Acima disso, passa a ser prejudicial. O médico endocrinologista Rubens Tofolo explica que o ideal é verificar no rótulo das bebidas a quantidade de álcool e optar pelas que possuem de 4% a 5% de volume.
“Cervejas que variam entre esses teores têm em torno de 150 calorias. No caso dos vinhos, é bom dar preferência aos que vão de 10% a 12% de álcool. Vale lembrar que quando alguém toma uma cerveja, isso equivale a um pão careca”, diz o doutor e ressalta, ainda, que a ingestão de bebidas está diretamente relacionada com a obesidade.
Cerca de 22% da população do Brasil é obesa; álcool pode estar relacionado
No Brasil, cerca de 22% da população é obesa. A perspectiva é que, em 2030, esse número suba para 30%, conforme mostra um levantamento realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade 2022. As bebidas são altamente calóricas e, em consequência, aumentam os níveis de calorias no corpo.
“A partir do momento que a pessoa ingere mais álcool, a oxidação de gordura realizada pelo fígado diminui. Ou seja, há o acúmulo de gordura e a estimulação de um hormônio do cérebro que aumenta a fome. As pessoas que bebem têm mais fome. Isso é um fato que faz o peso aumentar”, destaca o especialista e alerta: é preciso aumentar a campanha de diminuição de consumo alcoólico não só para algumas doenças, mas também para a obesidade.
Para a psicóloga Jamille Moraes, de 24 anos, a saúde vem em primeiro lugar. Ela não faz uso de álcool e passou a diminuir a quantidade de refrigerante no dia a dia. “Faço para me manter saudável, além de que minha família tem costume de beber bastante suco. Água também, tomo provavelmente uns dois litros, principalmente com o calor”, relata.
Ranking das bebidas alcoólicas mais calóricas
A caipirinha sem açúcar e a com açúcar dividem a primeira posição. As calorias delas vão de 340 a 500, respectivamente. Em seguida, temos whisky e gin, com 250 calorias, a cerveja, com 150 calorias e o vinho, mantendo 120 calorias.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA