Arcebispo Metropolitano de Belém se pronuncia sobre fim de processo de denúncias
"Para honra e glória de Deus, os juízes chegaram à conclusão de não haver qualquer indício de culpabilidade nos meus atos", diz Dom Alberto em pronunciamento oficial

Depois de ter sido acusado de assédio sexual e moral no ano passado, Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Arquidiocese de Belém, se pronuncia sobre o caso nesta quarta-feira, 30, anunciando que foi abolvido das acusações. A sentença foi dada pelo Colégio Judicante constituído no Brasil pela Sé Apostólica, representando, no país, o órgão do Vaticano responsável por apurar casos de pedofilia na Igreja.
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De acordo com Dom Alberto, a decisão de arquivar os processos já havia sido tomada há pouco mais de um ano, mas só em outubro deste ano foi assinada a sentença definitiva.
"Para honra e glória de Deus, os juízes chegaram à conclusão de não haver qualquer indício de culpabilidade nos meus atos. No último dia 26 de novembro, recebi o documento, confirmando a sentença assinada aqui no Brasil e declarando encerrado definitivamente o referido processo movido contra mim, dando-me a liberdade de dirigir minhas palavras de gratidão a todos", diz Dom Alberto em pronunciamento oficial.
O arcebispo comenta que foi uma "longa e dolorosa" investigação, na qual muitas pessoas foram ouvidas e que a decisão pela sua absolvição se deu por falta de provas. "Estes últimos dois anos foram de muito sofrimento, profunda oração e perseverante confiança na Providência Divina e na justiça de Deus, como foi demonstrado na análise, conclusão e declaração da minha inocência ante as calúnias levantadas contra a minha honra. Está assim concluído definitivamente o processo na esfera canônica, perante o Tribunal da Igreja".
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As denúncias
As acusações contra o arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, vieram à tona em janeiro do ano passado, tendo sido formalizadas junto ao Ministério Público ainda em agosto de 2020. Ele foi acusado de assédio moral e sexual por quatro ex-seminaristas que frequentaram sua casa entre 2010 e 2014. À época dos supostos abusos sexuais, os seminaristas tinham entre 15 e 20 anos de idade.
Na denúncia, eles chegaram a relatar atendimentos particulares na casa do arcebispo, e não na arquidiocese, onde eram questionados sobre sexo, tentações e homossexualidade. A denúncia incluía detalhes de que os seminaristas tinham que ficar nus e eram abusados.
A redação integrada de O Liberal aguarda retorno sobre as demais autoridades envolvidas na investigação - a Polícia Civil do Pará e o Ministério Público do Pará.
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