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Aplicativo criado em Belém ajuda professores no monitoramento e suporte às escolas

O Guardião da Paz foi criado inicialmente para monitorar casos de covid nas escolas e hoje foi ampliado para abranger mais áreas. Base de dados instantânea ajuda prefeitura a implementar políticas públicas

Igor Wilson

Durante a pandemia da covid-19, a Prefeitura de Belém, em parceria com a Universidade Federal do Pará, desenvolveu um aplicativo chamado Guardião da Saúde, inicialmente projetado para monitorar casos suspeitos de covid-19 nas escolas municipais, ajudando a prevenir a disseminação do coronavírus. Com o passar do tempo, a ferramenta evoluiu e passou a se chamar Guardião da Paz, expandindo suas funcionalidades para incluir o monitoramento de outras questões de saúde e registros de casos de violência.

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Desde a sua implementação, o Guardião da Paz se destacou como uma das 50 melhores iniciativas globais de suporte no enfrentamento da pandemia. A ferramenta estava presente em todas as 201 unidades de ensino de Belém, com o apoio de 237 vigilantes que atuavam diretamente nas escolas para garantir a eficácia do monitoramento. O sucesso inicial do aplicativo demonstrou a importância de um sistema integrado de vigilância e suporte nas instituições de ensino.

image A ferramenta oferece painéis detalhados e estatísticas que são compartilhados com diversas secretarias, diz Camila Malcher (Igor Mota/ O Liberal)

Camila Malcher, psicóloga e uma das idealizadoras do aplicativo, atualmente coordenadora da Coordenação Integrada de Educação e Saúde (Cines) da Secretaria Municipal de Educação (Semec), compartilhou suas perspectivas sobre a trajetória e o impacto do Guardião da Paz. "Desde o início, nossa meta foi criar um ambiente escolar mais seguro. Na época da pandemia, o aplicativo nos permitiu agir rapidamente para evitar surtos de covid-19 nas escolas. Essa ampliação nos permite um monitoramento integrado de todas as áreas, ajudando na implementação de políticas públicas", afirmou Camila.

Atualmente, o aplicativo abrange situações de violência, gravidez na adolescência, diversos problemas de saúde física e mental. O uso do app é exclusivo dos servidores. Cada escola possui profissionais responsáveis pelo manuseio do aplicativo. Toda a base de dados dos cerca de 65 mil alunos da rede municipal está disponível e todas as informações reportadas são sigilosas.

Caso seja observado algum problema, o profissional responsável deve reportar no aplicativo, selecionando a escola e o nome do aluno, assim como o motivo do problema, fazendo uma breve descrição do que foi observado. A partir daí as informações seguem para base de dados da prefeitura de forma instântanea.

image "Desde o início, nossa meta foi criar um ambiente escolar mais seguro", relata a psicóloga Camila Malcher. (Igor Mota/ O Liberal)

Desde sua criação, mais de duas mil notificações foram registradas pelo aplicativo, abrangendo desde questões de saúde até incidentes de violência. Este ano, foram 81 notificações. No entanto, Camila acredita que o potencial do Guardião da Paz ainda não foi totalmente explorado e exige para isso uma mudança de cultura nas escolas.

"O uso do aplicativo ainda é limitado. Muitos casos podem estar sendo subnotificados porque os servidores ainda não adquiriram o hábito de utilizá-lo de forma regular. A prefeitura está intensificando ações para mostrar a importância da utilização e estamos evoluindo muito nesse sentido", comentou ela.

Base Integrada Inédita

A ferramenta oferece painéis detalhados e estatísticas que são compartilhados com diversas secretarias e instâncias da administração municipal, incluindo a Guarda Municipal.

“Essas informações são essenciais para a tomada de decisões rápidas e informadas, contribuindo para um ambiente escolar mais seguro e saudável. Os dados coletados pelo aplicativo são fundamentais para a nossa estratégia de segurança e saúde. Eles nos permitem identificar padrões e agir preventivamente", destacou Camila.

Com o crescimento e a adaptação do Guardião da Paz, a expectativa da gestão municipal é que ele continue a evoluir e a ampliar suas funcionalidades. A visão futura inclui a integração de novos módulos que abordem outras áreas de necessidade dentro das escolas, como suporte psicológico e acompanhamento de desempenho acadêmico.

"Nosso compromisso é continuar aprimorando o aplicativo e garantir que ele seja uma ferramenta essencial para todas as escolas da nossa rede e para a implementação de políticas públicas. Nunca houve uma base de dados integrada como temos atualmente, precisamos extrair o máximo proveito disso", concluiu Camila Malcher.

Sobre os resultados do programa na área da Saúde, a Semec informa, em nota, que, em 2023, a rede pública municipal de educação enfrentou vários casos da síndrome mão-pé-boca, uma infecção viral comum em crianças, caracterizada por feridas na boca e erupções nas mãos e pés. Após recebermos alertas crescentes, a Sesma emitiu uma nota técnica com recomendações para o manejo da doença nas escolas, permitindo a contenção da transmissão e proporcionando segurança aos servidores.

Já na área de segurança, no mesmo ano, a rede de educação de Belém enfrentou ameaças constantes de violência nas escolas, divulgadas em vários meios de comunicação. Em resposta, o Programa Guardiões foi integrado à Guarda Municipal de Belém, permitindo o recebimento em tempo real de alertas de violência e suspeitas, agilizando a resposta, através de rondas escolares. Essa integração possibilitou a aprovação em um edital de Segurança nas Escolas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Um plano estratégico de ações preventivas e de promoção foi proposto, incluindo o projeto "Guarda Amigo da Escola" em 26 escolas, que envolveu os alunos em um concurso de desenhos para humanizar as relações com a Guarda. Essa abordagem resultou em uma aproximação positiva e de confiança nas políticas educacionais e de segurança.

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