Alunos de comunidade quilombola do Acará visitam a redação de O Liberal nesta terça; vídeo
Estudantes do 6º ao 8º ano da Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro II, conheceram os bastidores das notícias que chegam até eles por meio do jornal por meio do programa O Liberal na Escola
Nesta terça-feira, 18, alunos da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro II, localizada na Ilha do Maracujá, no município de Acará, nordeste do estado, visitaram a redação de O Liberal por meio do projeto O Liberal na Escola. Alunos do sexto ao oitavo ano do ensino fundamental conheceram os bastidores das notícias que têm sido matéria-prima para vários projetos em sala de aula. A visita foi guiada pelo coordenador de núcleo, Victor Furtado.
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A escola, cujo corpo de estudantes é formado por ribeirinhos e quilombolas, já é parceira do projeto há mais de um ano, recebendo jornais impressos de O Liberal periodicamente, que são usados de maneira pedagógica em sala de aula, conforme explica a coordenadora Mariane Souza:
"Eu já conhecia o projeto há muito tempo, desde quando ainda trabalhava em outra escola. Quando eu vim para esta, eu não poderia deixar de fazer essa ponte para que a escola também tivesse essa parceria com o O Liberal. Inclusive, durante a pandemia, o jornal impresso foi um recurso pedagógico importante, que nós enviamos para a casa dos alunos e, agora, nós temos essa oportunidade de fazer a visita, presencialmente. Com certeza está sendo muito importante para eles", comenta.
A proximidade do jornal com a comunidade também é um ponto destacado pela aluna do sétimo ano, Talita Carvalho, de 13 anos de idade. Ela conta que conhecer de perto o processo de produção da notícia foi surpreendente e que o periódico também tem a ajudado a superar dificuldades de aprendizado que teve durante a pandemia:
"Está sendo muito bom conhecer o jornal, porque, como a gente mora em uma área ribeirinha, a gente nem sempre tem acesso a essas coisas. Eu imaginava até uma coisa mais séria, mas é bem mais dinâmico do que eu pensei. Também tem sido muito bom, porque, no período de pandemia, eu tive uma perda muito grande no hábito de leitura e, com o jornal, eu estou recuperando isso", relata.
O jornal estimula a criatividade em sala de aula
A professora de Língua Portuguesa, Layla Pelerano, conta que o impresso de O Liberal tem sido um recurso importante para diversas atividades e tem estimulado nos alunos mais curiosidade sobre o mundo, além de habilidades de escrita, leitura e também propostas criativas:
"O jornal veio muito positivamente servir ao nosso trabalho, tanto como gênero, como tipo narrativo, mas também como veículo da realidade. Trabalhamos muito o jornal como leitura, como produção textual, como trabalhos expositivos, apresentando as notícias que eles mais gostam e temos muito mais a fazer", ela conta.
Os exercícios em sala de aula já tem dado frutos. A estudante Talita conta que, devido ao contato que eles têm tido com as notícias, agora sua turma já planeja a criação do próprio jornal:
"Então tem sido muito legal, porque o jornal tem implementado nossos trabalhos na turma e, hoje, a gente até pensa em fazer o nosso próprio jornal da escola, se baseando em matérias e assuntos do jornal", comenta.
Parceria vai além da visita
Para a diretora Crealdina Rodrigues, a iniciativa é resultado da parceria positiva entre a escola e o O Liberal, mostrando que a educação pode ir além dos moldes tradicionais e impactar a vida dos estudantes:
"Como lá é uma área rural, muitos não tinham essa facilidade de acesso ao jornal, mas agora ele chega até a escola, é lido, é trabalhado em sala de aula e os alunos têm tido um grande ganho de aprendizagem".
Para Alan Siqueira, coordenador do projeto O Liberal na Escola, a visita é só uma parte de todo o trabalho que já foi e continuará sendo feito junto aos alunos da comunidade:
"Nosso trabalho é justamente de estreitar laços e fazer com que todos se sintam incluídos. Na próxima quinta-feira, a gente também planeja fazer uma palestra lá na escola com eles, então a visita é só uma das atividades do programa. A gente quer dar todo o suporte que eles precisam para ter uma educação diferenciada", comenta.
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