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Aluna de classe hospitalar que luta contra leucemia é aprovada na Uepa aos 18 anos

Crislane Silva conquistou a aprovação na última sexta-feira (4)

O Liberal
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Crislane Silva, de 18 anos, aluna da classe hospitalar do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, conseguiu ingressar na última sexta-feira (4) no curso de Biologia da Universidade Estadual do Pará (Uepa), no município de Vigia, no nordeste do Pará, após quatro anos que recebeu a notícia que ela considera uma das mais difíceis da vida: o diagnóstico de leucemia. A doença é um tipo de câncer que acomete a medula óssea. Mesmo com as dificuldades, ela não desistiu do objetivo de conquistar a vaga na Uepa. Na quarta-feira (9), a caloura retornou para mais uma sessão de quimioterapia, intervenção terapêutica realizada uma vez por semana, além de comemorar o feito com os profissionais que a ajudaram no feito durante o processo de ensino-aprendizagem. 

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Em 2018, a jovem conta que começou a sentir tontura, febre, dor de cabeça e apresentar um emagrecimento rápido. Com o quadro que somente piorava a cada dia, ela precisou ser transferida ao Hoiol. Lá, Crislane começou a frequentar a Classe hospitalar presencialmente. Porém quando o quadro se agravou, as aulas foram ministradas no leito de forma on-line, durante o período de pico da pandemia da Covid-19. 

“Cheguei ao hospital quando cursava a 1ª série do ensino médio. Havia todo um cronograma a ser cumprido; deixei a classe somente após a minha formatura. Os professores foram muito importantes durante o período de hospitalização, não desistiram de mim. Sempre tive vontade de entrar na universidade, meu desejo inicial era fazer medicina veterinária, mas surgiu essa oportunidade e agarrei. O resultado saiu no último dia 4 deste mês. Fiquei muito emocionada ao ver o meu nome na lista de aprovados, não vejo a hora de começar a vida acadêmica”, disse.

Ana Elvira dos Santos, professora referência da Classe, contou que conheceu a jovem logo que entrou no Hoiol e destacou a motivação que Crialaine demonstrou ao saber que o sonho dela ainda estava de pé. 
“Conhecemos a Crislaine no momento em que estava internada fazendo os exames iniciais para iniciar o tratamento contra o câncer.  Informamos sobre a classe hospitalar, então ela ficou motivada e estava decidida a voltar a estudar, disse que não iria parar. Começamos a dar o suporte pedagógico, mesmo não estando efetivamente matriculada, enquanto acontecia o trâmite da documentação, pois ela ainda estava matriculada na escola de São Caetano de Odivelas, onde reside”, informou Ana Elvira dos Santos, professora referência da Classe.

Em funcionamento na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), a classe se configura como modalidade de Educação Especial e possibilita que crianças e adolescentes continuem os estudos, garantindo o direito à educação, à continuidade do processo ensino-aprendizagem e à reintegração ao grupo escolar. “Nosso objetivo principal é contribuir para que eles não parem o percurso escolar. Não medimos esforços para garantir essa escolarização”, destacou a professora Elvira.

“O programa de educação especial é ofertado desde a inauguração do hospital em 2015, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Os alunos são matriculados nas Escolas Estaduais Barão do Rio Branco e Visconde Souza Franco, e cursam a série que fazia antes do adoecimento. É uma escola dentro do hospital, com toda a grade curricular de uma escola comum. Para nós, é uma imensa satisfação poder contribuir para a concretização de momentos como esse. Isso só evidencia a importância da parceria entre o hospital e a secretaria, informou Natacha Cardoso,  coordenadora do Núcleo de Educação Permanente do Hoiol.

 

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