VÍDEO: Ação Litúrgica da Paixão e Morte do Senhor reflete o sacrifício de Jesus Cristo
Católicos rememoram o martírio de Cristo nesta Sexta-Feira Santa
Seguindo com a programação da Semana Santa, outro momento que marca as celebrações da Igreja Católica é a Ação Litúrgica da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo nesta Sexta-feira Santa (29). Marcada por um momento de reflexão e silêncio, a celebração, que começou às 17h e foi presidida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, reuniu centenas de fiéis na Catedral da Sé. Esse é um dos únicos dia em que a Santa Igreja não tem a celebração de missa.
"Nós estamos na Páscoa. Hoje é a Páscoa da cruz e, de manhã para depois, é a Páscoa da Ressurreição. É como se fosse uma única missa que começa na quinta-feira e vai terminar no domingo. É a morte e ressurreição de Jesus. Por isso que as cores hoje são corajosas, são vermelhas, que expressam o martírio e a coragem. Hoje nós celebramos a morte vitoriosa de Jesus, que morreu para nos salvar e depois ressuscitou", comenta o arcebispo de Belém.
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A celebração iniciou de forma silenciosa, como observado em outros momentos do dia. Houve, inicialmente, a leitura do livro do profeta Isaías, que fez referência à profecia que lembra a Expiação de Jesus Cristo. Já o salmo 90, proferido durante a Ação Litúrgica, recordou a última frase dita por Jesus antes da morte: “Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito”. Já a segunda leitura, do livro de Hebreu, narrou a grandiosidade de Cristo. E, por fim, o Evangelho São João relatou os acontecimentos da Paixão e Morte de Jesus.
Direcionando-se aos fiéis, durante a homilia, dom Alberto disse que Sexta-feira Santa, ainda que seja um dia de luto para a igreja, não significa a morte definitiva. “Hoje não é dia de tristeza, mas é um dia de vitória. Na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo está a nossa salvação. Com as chagas de Cristo, nós fomos curados”, afirma. “A celebração começou em silêncio absoluto, sem sinal da cruz e saudação. Ao final, não haverá a benção final. E, de amanhã [Sábado de Aleluia] em diante, haverá a Vigília Pascal”, completa.
Ainda durante a homilia, ele levou os presentes a refletirem qual seria o papel de cada um em meio à Paixão de Nosso Senhor: “Pense nas pessoas que se envolveram. Você pode ser o Pedro, exagerado, que corta a orelha dos outros e precisa ser repreendido por Jesus. Ou podemos ser aquela multidão que estava gritando ‘crucifica-o’. E ainda podemos nos sentir como João, junto com Maria e Madalena, que puderam ter experimentado uma amizade profunda com Jesus. Olhe através da geografia, dos personagens, mas peço que olhem através da fé”, exemplificou Dom Alberto.
Em seguida, às 18h, foi realizado o Sermão do Descendimento da Cruz, celebrado pelo diácono Onildo Botelho, da Paróquia Jesus Ressuscitado. Após o Sermão do Descendimento da Cruz, os fiéis seguiram em caminhada na Procissão do Senhor Morto, acompanhado da Imagem de Nossa Senhora das Dores, da Catedral da Sé para a Igreja de São João (São Joãozinho), na Cidade Velha.
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