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1º Congresso Norte de Cirurgia Bariátrica e Metabólica começa nesta quinta (5) em Belém

No primeiro dia do evento, serão realizadas cirurgias ao vivo; programação se estende com atividades científicas até sábado (7)

Dilson Pimentel
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Com a realização de cirurgias ao vivo, o 1º Congresso Norte de Cirurgia Bariátrica e Metabólica começará, nesta quinta-feira (5), em Belém. Nesse primeiro dia do evento, as cirurgias vão ocorrer no hospital Jean Bitar. Na sexta-feira (6), a abertura oficial das atividades científicas será iniciada a partir das 8 horas. O evento terminará no próximo dia 7, sendo realizado no hotel Princesa Louçã.

"Esse congresso é uma oportunidade única. É um momento em que as pessoas vão estar lá para adquirir conhecimento, trocar experiências. Hoje (dia 5), nós vamos ter cirurgias ao vivo. No dia 6, teremos mesas de debate em que vão ser discutidos não só a obesidade, mas as doenças que a obesidade traz junto consigo - diabetes, hipertensão, doenças hepáticas, apneia do sono”, disse o cirurgião Alexandre Nogueira, presidente do capítulo do Pará da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Também haverá mesas para debater endoscopia bariátrica e mesas para discutir obesidades extremas e reganhos de peso. No sábado (7), serão realizadas reuniões com pessoas que são importantes no tratamento da obesidade, que são as psicólogas, as nutricionistas. E, também, a apresentação de vídeos sobre as técnicas cirúrgicas para tratamento da obesidade mórbida.

Vão participar do congresso todos os profissionais envolvidos no tratamento da obesidade - educadores físicos, psicólogos, nutricionistas, médicos clínicos, endocrinologistas, cardiologistas, hepatologistas, endoscopistas, cirurgiões gerais, cirurgiões do aparelho digestivo e cirurgiões bariátricos, além das pessoas que têm formação, que são os acadêmicos e os residentes de Medicina também.

O cirurgião Alexandre Nogueira comentou que a obesidade não se trata só do ganho de peso. “Claro, é importante, mas não é uma questão estética. É uma questão de saúde porque, quando o paciente é obeso, certamente ele tem mais chance de desenvolver doenças que correm junto, como diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial”, disse. “Ele tem mais chance de desenvolver derrames, que são AVCs, problemas osteoarticulares. Isso traz algumas limitações para o doente. Então, no tratamento da obesidade, você acaba secundariamente tratando todas essas doenças também que são de relevância e de importância porque são doenças que, ao decorrer da evolução natural, elas podem matar o indivíduo”, afirmou.

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Obesidade é doença mundial e tem números alarmantes, diz cirurgião

O cirurgião explicou que a obesidade é uma doença mundial, e de números alarmantes. E o Pará não foge a esses números, observou. No Pará, há de 30 a 35% de pacientes obesos. “E, certamente, nem 2% deles, desses pacientes elegíveis a tratamento cirúrgico, estão sendo operados até o momento. Daquele total, algo em torno de 20% obesidade de primeiro grau, 10% obesidade de segundo grau e 5% obesidade mórbida, que é a obesidade severa ou de terceiro grau”, disse. “Esses pacientes, se não forem abordados, se não forem medicados em uma fase inicial, em obesidade de primeiro grau, certamente, ao longo da evolução da sua vida, eles chegarão à obesidade extrema. Então, por isso a importância de se tratar a obesidade em uma fase logo inicial”, afirmou.

Dr. Alexandre Nogueira também comentou sobre o perfil desses 30%, a 35% de pessoas obesas no Pará - se são jovens, adultos. “Normalmente é dividido entre homens e mulheres, um pouquinho mais de homens. E são pessoas jovens que estão no momento de trabalho, de produção e que, às vezes, se sentem limitadas por conta da doença e das doenças associadas à obesidade”, disse. O cirurgião também falou sobre os sinais de que a obesidade está se tornando algo preocupante. “Isso é desde a infância. Então, tem que ser cuidado desde a infância. Sedentarismo, alimentação. Os pacientes têm que, desde cedo, ser educados a mudar os hábitos alimentares, mudar os hábitos comportamentais”, disse.

“A sociedade moderna é uma sociedade sedentária. Hoje a pessoa não levanta nem para desligar ou ligar uma televisão, por exemplo. É tudo no controle remoto. Então, se isso não for mudado desde cedo, esse paciente tende a ser, certamente, um paciente obeso no futuro. É claro que envolve outros fatores - genéticos, hormonais, comportamentais. A obesidade é uma doença multifatorial e, é claro, tem que ser abordada de uma forma conjunta também”. Ele deixou claro que existem vários tipos de tratamento para tratar a obesidade e que a cirurgia, hoje, é o tratamento mais eficaz no controle da doença, da doença obesidade mórbida. “É uma cirurgia segura, eficaz e de excelente custo-benefício para o paciente”, garantiu.

 

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