CFM muda regras para cirurgia bariátrica; confira o que mudou
Segundo o órgão, as mudanças possuem como base estudos que comprovaram que a cirurgia é segura e eficaz para um leque maior de pessoas

O CFM (Conselho Federal de Medicina) publicou nesta terça-feira (20/05), as novas alterações e regras para indicação de cirurgia bariátrica e passou a permitir que a realização do procedimento seja feito por pessoas com novo mínimo de IMC e também na adolescência. Saiba mais a seguir:
IMC
Entre as principais mudanças está a ampliação das recomendações, que permitindo que pessoas com IMC menor possam realizar o procedimento. Agora, pessoas com IMC entre 30 e 35 passam a poder fazer a cirurgia.
O índice de massa corporal (IMC) é o peso em quilos dividido pela altura ao quadrado. Entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso, mas se for superior a 30 já é considerado obesidade grau I. Entretanto, é necessário apresentar algum quadro de saúde co-relacionado.
VEJA MAIS
Antes, só podiam se submeter à cirurgia pacientes com até 10 anos de diagnóstico de diabetes, com mais de 30 e menos de 70 anos de idade. Agora, não existe mais tempo mínimo da doença ou idade.
Podem fazer bariátrica as pessoas com IMC de 30 que tenham:
- diabetes tipo 2;
- doença cardiovascular grave;
- apneia do sono grave, entre outros;
- doença renal crônica precoce;
- doença gordurosa hepática;
- refluxo gastroesofágico.
Adolescentes
No caso de adolescentes, com as novas regras, pacientes a partir dos 14 anos de idade podem fazer a cirurgia. No entanto, eles precisam se enquadrar em caso grave de obesidade, com IMC acima de 40, que leve a complicações de saúde.
Antes, a idade mínima para o procedimento era 16 anos.
Técnicas atualizadas
Foram mantidas como principais opções de cirurgia o bypass gástrico e a gastrectomia vertical (chamada também de sleeve), procedimentos considerados seguros e eficazes.
Por outro lado, as técnicas como a banda gástrica ajustável e a cirurgia de Scopinaro foram oficialmente contraindicadas.
Antes, a exigência era de que o procedimento fosse realizado em hospital com UTI e com condições para atender pacientes com obesidade mórbida. Agora, na nova resolução, a cirurgia precisa ser realizada em hospital de grande porte, com capacidade para cirurgias de alta complexidade, com UTI e plantonistas 24 horas.
A cirurgia bariátrica é usada como tratamento da obesidade e das doenças relacionadas. Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), entre 2020 e 2024, o Brasil realizou 291 mil cirurgias.
Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pirs, editora web de OLiberal.com.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA