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CFM muda regras para cirurgia bariátrica; confira o que mudou

Segundo o órgão, as mudanças possuem como base estudos que comprovaram que a cirurgia é segura e eficaz para um leque maior de pessoas

Gabrielle Borges
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O CFM (Conselho Federal de Medicina) publicou nesta terça-feira (20/05), as novas alterações e regras para indicação de cirurgia bariátrica e passou a permitir que a realização do procedimento seja feito por pessoas com novo mínimo de IMC e também na adolescência. Saiba mais a seguir:

IMC

Entre as principais mudanças está a ampliação das recomendações, que permitindo que pessoas com IMC menor possam realizar o procedimento. Agora, pessoas com IMC entre 30 e 35 passam a poder fazer a cirurgia. 

O índice de massa corporal (IMC) é o peso em quilos dividido pela altura ao quadrado. Entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso, mas se for superior a 30 já é considerado obesidade grau I. Entretanto, é necessário apresentar algum quadro de saúde co-relacionado. 

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A pesquisa sobre hipoglicemia pós-prandial, conduzida pelo cientista brasileiro Rafael Ferraz-Bannitz, foi publicada no periódico Journal of Clinical Investigation. A condição é conhecida, também, como hipoglicemia reativa.


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Antes, só podiam se submeter à cirurgia pacientes com até 10 anos de diagnóstico de diabetes, com mais de 30 e menos de 70 anos de idade. Agora, não existe mais tempo mínimo da doença ou idade.

Podem fazer bariátrica as pessoas com IMC de 30 que tenham:

  • diabetes tipo 2;
  • doença cardiovascular grave;
  • apneia do sono grave, entre outros;
  • doença renal crônica precoce;
  • doença gordurosa hepática;
  • refluxo gastroesofágico.

Adolescentes

No caso de adolescentes, com as novas regras, pacientes a partir dos 14 anos de idade podem fazer a cirurgia. No entanto, eles precisam se enquadrar em caso grave de obesidade, com IMC acima de 40, que leve a complicações de saúde.

image A nova regra amplia que adolescentes possam realizar o procedimento, desde que tenham alguma comorbidade relacionada. (Pexels)

Antes, a idade mínima para o procedimento era 16 anos.

Técnicas atualizadas

Foram mantidas como principais opções de cirurgia o bypass gástrico e a gastrectomia vertical (chamada também de sleeve), procedimentos considerados seguros e eficazes.

Por outro lado, as técnicas como a banda gástrica ajustável e a cirurgia de Scopinaro foram oficialmente contraindicadas. 

Antes, a exigência era de que o procedimento fosse realizado em hospital com UTI e com condições para atender pacientes com obesidade mórbida. Agora, na nova resolução, a cirurgia precisa ser realizada em hospital de grande porte, com capacidade para cirurgias de alta complexidade, com UTI e plantonistas 24 horas.

A cirurgia bariátrica é usada como tratamento da obesidade e das doenças relacionadas. Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), entre 2020 e 2024, o Brasil realizou 291 mil cirurgias.

Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pirs, editora web de OLiberal.com.

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