Empresa de Ananindeua é acusada de não entregar materiais de construção comprados pelos clientes

Polícia Civil já investiga o caso. Werneck Comércio Varejista alega que as denúncias possuem caráter inverídico

Vitória Reimão
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Uma loja de materiais de construção de Ananindeua é acusada de não entregar os produtos comprados pelos clientes na empresa. Em nota, a Polícia Civil informou que já investiga o caso. "Todas as denúncias feitas pelas vítimas foram anexadas ao inquérito policial e diligências são realizadas para comprovar a materialidade dos fatos", comunicou.

De acordo com as denúncias, o golpe aplicado pela empresa é mais ou menos o mesmo: o material comprado na empresa Werneck Comércio Varejista, localizada no bairro do Icuí-Guajará, na rua Santa Fé, em Ananindeua, que é pago pelos comprados, não é entregue na data marcada. "Tentei ligar para eles para cobrar o material. A empresa me disse que eles me ligaram e que eu não atendi, porém, no meu telefone não tinha nenhum registro de chamada perdida. Eu pedi para empresa me enviar um print, comprovando que fizeram a tentativa de contato comigo, mas não me enviaram", disse Cilene Bastos, uma das clientes que se diz prejudicada pela empresa.

Após a tentativa de contato, a empresa teria informado aos denunciantes que o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) iria agendar uma nova data para entrega do material, mas, os clientes afirmam que não receberam nenhuma previsão para o recebimento dos itens comprados.

"Nós fomos lá e ninguém soube nos informar. Neste local, eu encontrei o homem que me atendeu por telefone e ele apenas me disse que não pode fazer nada sobre a minha situação. Havia mais três pessoas relatando o mesmo problema com a empresa e ninguém conseguiu nos ajudar", disse Cilene.

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Outra denunciante, que não quis ter seu nome revelado, contou que já tem dois meses que está na luta para que a empresa entregue os materiais. "Eu comprei tudo via WhatsApp, tudo deu R$ 940. Eles não entregam o material e nem devolvem o dinheiro, e já tem muitas vítimas prejudicadas por essa empresa. Os funcionários nos ignoram, eles só falam que vão remarcar a entrega. Mando mensagem todos dias, mas o atendimento é péssimo e mal nos responde", disse.

Tina Monteiro, outra denunciante que comprou na empresa, afirma que foi lesada e desrespeitada. "Eu tinha uma compra que era para ser entregue em torno dos dias 6 e 8 deste mês de março. Eu ligo para a empresa, mas eles não me atendem. Mando mensagem e não sou respondida", contou.

Após entrar no perfil da empresa em uma rede social, Tina percebeu que não foi a única prejudicada pelas compras. Segundo ela, há várias reclamações sobre a falha na entrega das mercadorias e falta de serviço. "Estou desesperada, já entrei em contato com a loja, quero que eles devolvam meu dinheiro ou que me entreguem o material, mas pelo que estou vendo, não vou ser ressarcida", pontuou.

Cilene alega que a estratégia da empresa é colocar os materiais em um valor em conta e isso faz com que os clientes fiquem empolgados. "Nós estamos construindo nossas casas e queremos economizar, fazendo nossos orçamentos. Quando falamos com eles, a empresa nos dá um preço mais barato, mais em conta e a gente acaba acreditando e compra os seus materiais. Foi assim que eu cai no golpe", alegou.

Empresa nega prática de golpe

A Werneck Comércio Varejista informou, por meio de nota, que recebeu com surpresa a informação de que estaria praticando a conduta de golpe e alega que as denúncias possuem caráter inverídico.

A empresa afirma que trabalha com um rígido controle na entrega de materiais de construção e que, no ato de compra, há o agendamento da data de entrega, porém, não se agenda horários para fins de não incorrer em atrasos. "Ao chegar ao endereço do consumidor, são feitas chamadas aos números de contato informados e, caso não seja possível realizar a entrega por qualquer razão que inviabilize o procedimento, o material retorna ao galpão da empresa, sendo necessário o contato do cliente para agendar nova data de entrega através do SAC da empresa via Whatsapp", esclareceu.

Werneck também disse que os consumidores que informam o atraso no recebimento de materiais podem não ter realizado o procedimento conforme a orientação fornecida pela empresa, no qual envolve o reagendamento pelo SAC e, que de acordo com o cronograma previamente disposto, realizará a entrega. "Por fim, reiteramos que quando os materiais retornam de uma entrega infrutífera, cabe ao consumidor reagendar com o SAC a data para nova entrega. Esse procedimento tem funcionada mesma forma há anos, sem registros de prejuízos aos clientes", finalizou Werneck.

(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal)

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