Eletricista Fábio Seabra critica o acúmulo de lixo na Avenida Padre Bruno Sechi
Denunciantes dizem que há vários pontos de descarte irregular de lixo e entulho ao longo da via
A equipe do Você Repórter recebeu mais denúncias sobre acúmulo de lixo na Avenida Padre Bruno Sechi, no trecho entre a rua Magalhães Barata e avenida Centenário, localizada no bairro do Bengui, em Belém. A reportagem já havia ido ao local no mês de agosto, após receber reclamações de detritos espalhados pelas calçadas, impedindo a passagem de pedestres. O eletricista Fábio Seabra, de 40 anos, diz que passa quase diariamente de bicicleta pela via e observa pontos de descarte irregular de lixos e entulhos.
Fábio acrescenta que muitos dos montantes de lixo ocupam as ciclofaixas. O denunciante afirma que o lixo na rua atrapalha não só o ciclismo, mas outros setores da locomoção. "Vários acidentes já aconteceram, com o lixo atrapalhando a ciclovia, sendo que o ciclista não tem retrovisor para ver, e às vezes, sai dessa rota e acaba se acidentando.Comigo já aconteceu de pegar uns resvalos de leve. Mas, se puder prevenir para salvar vidas, melhor", conta.
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O problema dos lixos continua persistente na avenida. Durante a reportagem, a equipe flagrou vários pontos de lixo que não foram recolhidos. Há ainda trechos com acúmulo de materiais nas calçadas e ciclofaixas. A maioria dos lixos é resultado da falta de coleta, já que muitos moradores reclamam da ausência de carros coletores passando pela região.
Para o eletricista, o acúmulo de lixo nas ruas reflete um descaso, sobretudo para uma capital que foi selecionada para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Ele conta que a coleta dos materiais, depositados irregularmente, não acontece de forma fixa por parte da prefeitura. “É um sistema aleatório, às vezes passa dois meses. Então, acho que falta uma organização, está faltando um levantamento do sistema que gerencia essa parte para fiscalizar”, opina.
Fábio ressalta que a população também precisa contribuir para que não ocorra o crescimento dos lixos em pontos de descarte irregular. “A gente não pode só criticar o poder público, mas a sociedade também tem que fazer a parte dela, colocar os lixos nos lugares adequados. Mas para que isso aconteça, a prefeitura tem que ceder contêiners. Em muitos lugares não tem, então isso acaba generalizando. A nossa população já não tem esse hábito de educação sobre o meio ambiente e acontece esses casos aí que vocês estão vendo. Até porque Belém é a sede da COP 30, não pode ficar à mercê desse lixo na rua”, disse.
A reportagem solicitou nota para a Secretaria Municipal de Saneamento de Belém (Sesan) até o fechamento desta matéria.
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