Administrador Raimundo Santos denuncia descarte de lixo irregular no Maracangalha

Na avenida Leste, próximo a alameda Providência, do conjunto Promorar, no bairro Maracangalha, em Belém, há um local proibido para o descarte de lixos e entulhos. Porém, em toda a extensão da avenida há pontos de lixo doméstico sem coleta e acúmulo de restos de materiais recicláveis e orgânicos, além de móveis quebrados. O administrador e morador do bairro Raimundo Santos conta que há lixo nas calçadas desde a avenida Arthur Bernardes até o outro lado da via, na avenida Júlio César. 

O denunciante afirma que o local está entregue ao lixo (Reprodução / Você Repórter)

Em alguns trechos da avenida Leste, há placas e avisos escritos nos muros, dizendo que é proibido o descarte de entulhos. Mas as calçadas da via continuam sendo vistas como ponto de descarte irregular de lixo. No entanto, a população está colocando o lixo na área por conta do atraso da coleta e da falta de carros coletores na região. Também há moradores de outros conjuntos jogando lixo no local, segundo denúncias da comunidade. 

Os montes de detritos estão atraindo roedores: são vários dias de acúmulo de sujeira e entulho, o que causa risco à saúde dos moradores do conjunto. "Isso aqui virou um lixão do Promorar, da avenida Leste. É lixo de ponta a ponta. É um impacto ambiental que faz com que ninguém consiga ter sossego por aqui", acrescenta Raimundo.

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"A gente liga para o Disk Entulho e não consegue falar com ninguém. As autoridades passam aqui, a gente chama por eles, alertamos que há carroceiros jogando lixo por aqui, e eles não resolvem nada. Já fomos também em outros órgãos, mas nada é resolvido. Aqui, nós estamos entregues às baratas", reclama o administrador.

Os moradores também informaram a reportagem que, na avenida Leste, há rondas da Polícia Militar (PM). Mas os policiais, segundo denúncias da comunidade, não realizam ações quando passam no local e observam carroceiros jogando entulho, o que estaria enquadrado como crime ambiental. "Eles não fazem nada. Já houve situações em que eles (carroceiros) ameaçavam a população daqui. Os moradores têm medo, na verdade. Eles (carroceiros) são audaciosos e ameaçadores", conta Raimundo. 

O  morador lembra que muito do lixo descartado pode ser reutilizado. "Tem muitos moradores que contribuem para esse lixão também. Eles colocam seus lixos, que podem ser reaproveitados e guardados. Tem uma coleta domiciliar que passa por aqui e alguns moradores guardam o lixo para esperar por essa coleta. Mas tem um pessoal que vem de outros locais, de outros conjuntos, e despejam aqui. Parece que nós estamos entregues, ninguém resolve nada", desabafa.

A redação integrada de O Liberal solicitou nota à Polícia Militar (PM) sobre ações contra os possíveis crimes ambientais caracterizados pelo descarte irregular de entulhos por carroceiros no perímetro. A redação também acionou a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) para que comente e informe providências sobre a denúncia de falta de coleta de lixo. A reportagem ainda aguarda o retorno dos órgãos.

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