Se julgamento for jurídico, não há por que condenar Bolsonaro, diz advogado do ex-presidente
Cunha Bueno informou ainda que deve se encontrar com Bolsonaro nesta quarta-feira (3)

O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou na saída da sessão de análise do processo do núcleo central da trama golpista que, "se o julgamento for estritamente jurídico, não há porque condenar" o ex-presidente.
Segundo Cunha Bueno, “a acusação é narrativa fantasiosa. Esperamos que o pavimento político tenha se limitado à acusação, mas nunca ao julgamento”. Ele ressaltou que Bolsonaro "jamais teve qualquer intuito golpista" e que os fatos apresentados estão fora dos tipos penais imputados, sem envolvimento em atos de violência ou grave ameaça ao Estado democrático de direito.
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Mais cedo, o advogado Andrew Farias, que representa o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, afirmou que o ex-ministro "atuou ativamente para demover o presidente da República de qualquer medida nesse sentido (de rompimento do Estado democrático de direito)".
Cunha Bueno informou ainda que deve se encontrar com Bolsonaro nesta quarta-feira (3). Segundo ele, o ex-presidente apresenta saúde “extremamente fragilizada” e, por orientação médica, permanece em prisão domiciliar desde agosto, sem comparecer ao julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
"O ex-presidente tem crises de soluços muito fortes, é uma situação aflitiva. O julgamento é muito estressante, tanto do ponto de vista físico quanto emocional", afirmou o advogado.
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