Oposição encerra ocupação do Senado após 47 horas e libera sessão remota

Após protesto de dois dias contra a prisão de Bolsonaro, senadores da oposição deixam o plenário e permitem retomada dos trabalhos legislativos

Thaline Silva*
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A oposição desocupou o plenário do Senado nesta quinta-feira (7), encerrando pouco mais de 47 horas de ocupação iniciada na terça (5) em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A liberação do espaço permitiu que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), abrisse a sessão do dia, realizada de forma remota.

Durante a ocupação, chegou-se a cogitar o uso do chamado "bunker" do Senado — uma estrutura alternativa localizada na Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen), utilizada em sessões durante a pandemia —, mas o recurso não foi necessário.

"Estamos desobstruindo [a Mesa] e esperamos que, a partir de agora, possamos discutir pautas que interessem a todos, independentemente da posição ideológica", disse o senador Rogério Marinho (PL-RN), um dos líderes da mobilização oposicionista.

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A decisão de encerrar a ocupação foi tomada após uma série de reuniões entre Alcolumbre e líderes partidários. Em nota, o presidente do Senado afirmou que não aceitará "intimidações nem tentativas de constrangimento" e reforçou que o Congresso não será "refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento".

Assim como na Câmara dos Deputados, onde a retomada das atividades ocorreu na noite de quarta (6) em meio a tumultos no plenário, a ocupação no Senado fazia parte de uma ofensiva da oposição para pressionar a discussão de temas considerados prioritários pelo grupo. Entre eles, estão o perdão aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Com a retomada da agenda legislativa, os senadores devem analisar ainda nesta quinta o projeto que reajusta a faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes que recebem até dois salários mínimos. O texto, já aprovado pela Câmara, repete o conteúdo de uma medida provisória que perde validade no próximo dia 11.

"Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza", afirmou Alcolumbre.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

 

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