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Homem que saiu do Pará também tentou explodir bomba em Brasília; relembre

Órgãos de segurança voltaram a ficar em alerta após um homem se explodir em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes

O Liberal
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A ação de Francisco Wanderley Luiz, que provocou uma sequência de explosões no início da noite da quarta-feira (13.11), na Praça dos Três, em Brasília, deixou órgãos de segurança em alerta. Há menos de dois anos, outro plano de atentado a bomba também mobilizou agentes de segurança e deixou os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em alerta. Na véspera do Natal de 2022, George Washington de Oliveira Sousa, um empresário que vivia no Pará, montou um artefato explosivo em um caminhão de combustível, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. Porém, diferente do que ocorreu na noite desta quarta, o plano de George foi descoberto antes da explosão e a polícia conseguiu evitar o atentado.

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O plano do empresário do Pará tinha motivação política – o que também parece o caso de Francisco Wanderley Luiz, natural de Santa Catarina e conhecido “Tiü França”. Em postagens publicadas em um grupo no WhatsApp, Francisco chegou a anunciar o ataque contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e “convocou” a Polícia Federal a desarmar supostas bombas em locais relacionados a figuras públicas, entre elas o jornalista William Bonner e políticos como José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso.

Ele também citava outras autoridades, como os presidentes da Câmara e do Senado do Brasil, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), e ainda mencionou o motivo da escolha da data do atentado, dia 13 de novembro: “não gosto do número 13. Tem cheiro de carniça igual cachorro quando morre”. O número 13 é o número do Partido dos Trabalhadores (PT).

George Washington, que morava em Xinguara, saiu do Pará para protestar contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições de 2022. Ele e outras pessoas que questionavam o resultado da eleição montaram um artefato explosivo em um caminhão de combustível, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na tentativa de criar uma situação de caos para permitir intervenção militar e decretação de estado de sítio. 

Preso em regime semiaberto após cumprir, inicialmente em regime fechado, 16% da pena de 9 anos e 8 meses de prisão, George poderá sair da cadeia em algumas datas comemorativas. Ele foi incluído pela Justiça do Distrito Federal nas próximas duas saídas temporárias previstas até o final de 2024: de 21 a 25 de novembro; e o feriado de Natal, de 23 a 27 de dezembro. Com isso, está autorizado a ficar oito dias fora do presídio, neste ano.

George cumpre pena em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda. A defesa dele chegou a apresentar pedido para que ele cumprisse o restante da pena em Xinguara, mas depois desistiu porque, conforme a advogada, as condições do Distrito Federal são melhores para cumprimento de pena.

Além de George, outros dois homens foram condenados pela Justiça pela tentativa de atentado a bomba em Brasília em dezembro de 2022: Alan Diego dos Santos pegou pena de 5 anos e 4 meses e 160 dias-multa e Wellington Macedo recebeu perdão e não precisará pagar a multa de R$ 9,6 mil, mas deve cumprir pena de 6 anos de reclusão.

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