Fux compara atos golpistas com Black Blocks e questiona diferenças no tratamento da justiça
Ministro avalia diferentes atitudes da justiça para cada caso, considerando o grau de violência dos atos e o teor político

Durante a defesa dos argumentos que embasaram seu voto contrário a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais acusados de planejarem a tentativa de golpe, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, usou o histórico de protestos do país. Ele argumenta que várias manifestações no Brasil terminam com depredações, mas não são enquadradas como golpe de Estado, apesar de terem natureza política. Um dos exemplos mencionados foi o dos black blocs em 2013 e 2014.
"Em nenhum desses casos, olhando dessas manifestações políticas e violentas, até pela data, se conjuntou de imputar aos seus responsáveis os crimes previstos na então vigente lei de segurança nacional", completou Fux.
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O ministro começou a discorrer sobre episódios passados de depredação e conflitos entre manifestantes e forças de segurança, em especial, a estratégia dos black blocs e a depredação da Esplanada dos Ministérios durante a gestão Michel Temer. Na época, como lembra, um cinegrafista foi ferido enquanto trabalhava, além de muitos outros saldos negativos dos conflitos entre os manifestantes e as forças de segurança, mas que não receberam a mesma atenção, apesar da violência e do tero político.
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