Conselho de ética da Câmara dos Deputados abre processo contra Éder Mauro e outros 6 parlamentares

Além do deputado paraense, vão responder aos processos Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Wilson Santiago (Republicanos-SP) e Soraya Manato (PTB-ES)

O Liberal
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O deputado federal paraense Éder Mauro (PL / PA) vai responder a processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados após ter sido acusado por PSOL e PT de fazer declarações ofensivas contra deputadas durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça. Também foram instaurados processos contra outros seis parlamentares: Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Wilson Santiago (Republicanos-SP) e Soraya Manato (PTB-ES). As informações são do G1 Nacional.

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No caso do processo contra Éder Mauro, foram sorteados como potenciais relatores os deputados Paulo Ramos (PDT-RJ), Marcel Van Hattem (Novo-SP) e Pinheirinho (PP-MG). A redação integrada de O Liberal entrou em contato com a assessoria do parlamentar do Pará. Veja a resposta dele.

Entenda o processo

A instauração dos processos ocorreu nesta quarta-feira (27), durante a retomada dos trabalhos do Conselho após cinco meses - a última reunião havia acontecido em 23 de novembro do ano passado. O Conselho de Ética da Câmara é responsável pela abertura de procedimentos disciplinares para apurar a conduta dos parlamentares em caso de suposta quebra de decoro. Nesses casos, as penalidades previstas vão de censura (verbal ou escrita) a perda de mandato.

Nesta primeira fase, de abertura do processo, é realizado o sorteio da lista tríplice entre os integrantes quem podem assumir a relatoria do caso, mas é o presidente do conselho quem escolhe o relator, que terá prazo de dez dias úteis para apresentar um parecer preliminar pelo prosseguimento ou arquivamento do caso.

O conselho age mediante provocação da Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo presidente da Casa, Arthur Lira, que encaminha as representações protocoladas por meio de partidos.

Em entrevista à TV Globo no início deste mês, presidente do conselho, Paulo Azi (União-BA), informou que as reuniões estavam paradas porque as representações contra parlamentares não haviam sido encaminhadas pela Mesa Diretora.

Veja as próximas etapas caso seja decidido pelo prosseguimento do caso

  • O deputado alvo da representação é notificado e tem prazo de dez dias úteis para apresentar a defesa por escrito;
  • Em seguida, são coletadas provas e depoimentos de testemunhas (da acusação e defesa), o que poderá durar, no máximo, 40 dias úteis;
  • O relator tem mais 10 dias úteis para apresentar o parecer, que deve ser votado pelo Conselho de Ética. O relatório pode ser pela absolvição ou aplicação de punição, que vai de censura à perda do mandato parlamentar.
  • O prazo máximo de tramitação no conselho é de 90 dias úteis;
  • Concluído o processo no colegiado, o representado pode recorrer do resultado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ);
  • Se o Conselho de Ética decidir pela suspensão ou cassação do mandato do parlamentar, o processo segue para o plenário da Câmara, que terá a palavra final.

Veja os processos abertos

  • Bia Kicis (PL-DF): acusada por PT e PSOL de incitar motim de policiais militares na Bahia ao fazer postagens relacionadas à morte do policial Wesley Soares Góes, em Salvador.
  • Carla Zambelli (PL-SP): acusada pelo PT de incentivar a população a "se armar contra as medidas de gestores" e causar "pânico na sociedade" ao afirmar que o governo de Sergipe usou um decreto de calamidade pública relacionado à pandemia para acabar com o direito de propriedade.
  • Éder Mauro (PL-PA): acusado por PSOL e PT de ter feito declarações ofensivas contra deputadas durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP): Foram instaurados dois processos para apurar a conduta do deputado. O primeiro, de autoria do PT e do PDT, acusa o deputado de falar contra o uso de máscaras durante a pandemia. No outro processo, Eduardo deve responder sobre uma postagem em que chamou mulheres de "portadoras de vaginas", o que foi considerado misógino e preconceituoso na representação apresentada por cinco partidos: PSB, PT, PDT, PSOL e PCdoB.
  • Wilson Santiago (Republicanos-SP): acusado pelo partido Novo de ter cometido corrupção passiva e organização criminosa. A representação pede a cassação do mandato de Santiago.
  • Soraya Manato (PTB-ES): acusada pelo PT de ter publicado mensagens ofensivas contra o senador Humberto Costa (PT-PE). 
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