Caso Silvio Almeida: PF já vê elementos suficientes para abrir inquérito
Caso foi enviado ao STF nesta quinta-feira (12/9).
A Polícia Federal enviou nesta quinta-feira (12) os elementos reunidos sobre os supostos casos de assédio cometidos pelo ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Segundo informações de uma fonte relatada à colunista de O Globo Renata Agostini, a PF já tem indícios suficientes para abrir um inquérito.
Mas, antes de iniciar as investigações, a PF quer um posicionamento da corte sobre em qual instância o caso deve tramitar, já que os casos ocorreram durante o período em que Almeida ocupava o cargo de ministro, mas ele foi demitido assim que o caso foi revelado.
Em nota divulgada após as acusações, Silvio Almeida disse repudiar “com absoluta veemência” as acusações, segundo ele, “mentiras” e “ilações absurdas” para prejudicá-lo.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”.
O ex-ministro também diz que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.
“Dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.”
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O depoimento de uma suposta vítima de Almeida, colhido pela Polícia Federal (PF), chamou a atenção dos investigadores pela precisão e riqueza de detalhes. A mulher relatou sua experiência remotamente e seu testemunho é similar a outros relatos sobre a conduta do ex-ministro, sugerindo um possível padrão de comportamento.
Além disso, a PF contatou a ONG Me Too Brasil, que afirmou ter recebido diversas denúncias de mulheres contra Almeida. Universidades onde ele atuou também foram notificadas.
*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política e Economia)
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