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Setenta PMs responderão à Corregedoria pelos atos que fecharam batalhões em Belém

Em reunião, governo anunciou aumento de salários e diz que não haverá expulsões: 50 já foram ouvidos

Redação integrada de O Liberal - com informações da Agência Pará
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Após três horas de reunião realizada na noite desta sexta-feira (7), com representantes das associações vinculadas a policiais militares, no Palácio do Governo, em Belém, o governador Helder Barbalho e o vice-governador, Lúcio Vale, confirmaram a orientação de que não se proceda a expulsão dos PMs envolvidos nos atos que fecharam batalhões em Belém e no interior do Estado, nas últimas duas semanas.

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Essa foi a quinta reunião feita com representantes de familiares de militares e associações ligadas à corporação - após o início da série de protestos, realizados em sua maioria por esposas de militares, e puxados pelo aumento de mortes de policiais no Pará nos primeiros meses de 2019 e também agravados após prisões de PMs envolvidos com a chacina do Guamá, que resultou em onze execuções, em 19 de maio

AUMENTO DE SALÁRIOS

Na reunião desta sexta, o governador Helder Barbalho confirmou ainda que concederá aumento salarial para os agentes da área de segurança pública - previsto para o segundo semestre de 2019.

A reunião ocorreu das 19h às 21h50. Segundo o governo, só ocorreu após o "cumprimento da desocupação dos batalhões", e sua realização não foi informada publicamente, tampouco teve sua agenda formalmente repassada à imprensa.

Sobre a reunião, o governo do Estado informou que gestores das áeas de segurança pública, educação, previdência estadual, habitação e outras acompanharam o encontro com uma comissão, formada por nove familiares de PMs. Helder Barbalho confirmou que os 70 policiais citados pela Corregedoria responderão a Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), mas não serão excluídos da corporação. Segundo o governo do Estado, 50 já foram ouvidos pela Corregedoria.

A reunião incluiu a discussão de vários itens descritos na pauta de reivindicações apresentada no sábado passado (1º) pelas associações e entidades. "Não houve adendos ou modificações no que já havia sido definido", informou o governo. Helder Barbalho teria reforçado no encontro sua "abertura ao diálogo" e teria autorizado esposas a participarem das próximas mesas de negociação. "Eu espero que essa tenha sido só a primeira das reuniões. Eu sempre estarei disponível para recebê-las, sem que nenhum ato ilegal precise ser cometido", disse Helder Barbalho.

CONJUNTOS HABITACIONAIS

O titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Ualame Machado, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior, confirmaram na reunião que na próxima semana serão lançados os projetos para a construção de quatro conjuntos habitacionais, com 1,2 mil unidades, destinados a policiais - dois em Ananindeua, um em Santarém e outro em Marabá -, além da criação de linhas de crédito com taxas de juros diferenciadas, oferecidas pelo Banco do Estado do Pará (Banpará), para reformas e aquisição de novos imóveis.

"Desde o lamentável episódio no bairro do Guamá, há três semanas, não tivemos novos crimes envolvendo carros preto ou prata. O Estado está respondendo a essas ações. A média de tempo de resolução de crimes tem sido de seis horas", destacou ainda Helder Barbalho, se referindo aos avanços dos esforços de inteligência na segurança pública do Pará - e se referindo ao episódio que é um dos estopins dos atos que fecharam batalhões de Belém e do interior nas últimas semanas.

Ao todo, dos nove apontados como envolvidos nos crimes, quatro integrantes da Polícia Militar do Pará estão entre os acusados pela chacina da passagem Jambu, no Guamá.

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