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Se comprovadas ações na chacina no Guamá, PMs serão expulsos da corporação, diz Segup

Entenda o caminho dos processos contra os militares acusados de envolvimento na Chacina no Guamá

Redação integrada de O Liberal
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Os policiais militares que tiverem envolvimento comprovado na chacina no Guamá serão expulsos da corporação e cumprirão penas, com base em seus processos criminais - que poderão ser cumpridas fora do Centro de Recuperação Anastácio das Neves, se assim determinar o novo decreto da Secretaria Extraordinária de Administração Penitenciária, que pede mudanças no regime que prevê a unidade prisional como destino único dos crimes cometidos por servidores do Estado.

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É o que afirmou esta manhã o secretário Ualame Machado, titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social , em entrevista exclusiva dada ao noticiário do JL1, da TV liberal, sobre o avanço das investigações referentes às execuções conduzidas por um grupo de homens encapuzados que vitimou onze pessoas no dia 19 de maio, um domingo, em um bar da passagem Jambu, no bairro do Gramá, na Grande Belém 

"O inquérito será concluído em dez dias, contatos a partir da última sexta-feira (24). Ele será apresentado à Justiça. Se concordar com os argumentos da apuração e com as provas recolhidas pela polícia, o Ministério Público realizará as denúncias para que os acusados respondam a processo criminal. Sendo condenados, eles cumprirão penas", disse o secretário de segurança pública.

No âmbito da administração pública estadual, o titular da Segup confirmou ainda que a Polícia Militar "já instaurou os procedimentos administrativos, que são os conselhos", para que se possa apurar o caso. "Se for comprovada a participação [dos militares no caso da chacina no Guamá, deverá ser providenciada a exclusão dos quadros da corporação", confirmou machado.

image Bar onde execuções ocorreram, na passagem Jambu, no Guamá (Cláudio Pinheiro)

INQUÉRITO

Sobre o prazo de dez dias estipulado à apresentação do inquérito do caso à Justiça, o titular da Segup admitiu que é possível haver uma prorrogação, mas descartou por enquanto essa possibilidade. "Legalmente a prorrogação é possível, mas por enquanto estamos trabalhando para que dentro dos dez dias possamos concuir todas as perícias que ainda faltam, as análises  do material apreendido e o cotejamento das provas. Pretendemos dentro desse dez dias dar respostas ao Judiciário".

Comentando as recente repercussões causadas por protestos de familiares e até policiais da PM, contrárias sobre formas de prisões efetivadas para deter os policiais envolvidos - um deles detido em seu local de trabalho, num dos quartéis da PM, Ualame Machado ainda comentou: "Temos 16 mil homens e mulheres na PM, todos honrados e dignos. Não é por um ou outro que comete ilícito que será prejudicada a imagem da corporação".

PRISÕES 

Segundo o titular da Segup, as prisões do caso da chacina no Guamá estão sendo feitas dentro da legalidade. "O que aconteceu é que tivemos fatos específicos de alguns policiais envolvidos. Alguns deles com atestado médico para não comparecer ao trabalho e outro com registro de ocorrência de furto da arma possivelmente utilizada na ação. Então, era preciso rapidez para se cumpir a determinação judicial. Havia um mandato a ser cumprido, estivesse o policial trabalhando ou não", justificou Machado.

O secretário de segurança pública acrescentou ainda sobre uma das prisões: "Como [o policial detido em um quartel] estava trabalhando, todas as precauções foram acatadas e verificadas. Estávamos com uma equipe da Corregedoria da PM, do Comando de Missões Especiais (CME), além de uma equipe da Polícia Civi, que deu suporte após a abordagem. Quem o abordou foi a Polícia Militar, que é quem cumpre mandados. Até onde nos consta, tudo foi feito dentro da legalidade", avaliou Machado.

CASAS PENAIS

"É óbvio que há pessoas que podem estar descontentes com a situação e podem estar repercutindo essa ação. Porém, a prisão se deu dentro da normalidade. O PM só foi levado ao local onde deveria ser ouvido e transferido regularmente à casa penal onde deveria ficar", disse ainda o secretário na entrevista cedida hoje pela manhã .

Sobre descontentamento contra a medida, considerada polêmica, sustentada por portaria que determina que agentes públicos não sejam mais levados para presídios de segurança como o Centro de Recuperação Anastácio das Neves - que hoje é destinado a receber apenados oriundos dos quadros de agentes públicos estaduais.

"Essa é uma ação da Secretaria Extraordinária de Administração Penitenciária, e não da Segup. No caso dos acusados da chacina no Guamá, os presos já estão no Centro de Recuperação Anastácio das Neves", disse Machado.  

image Comoção e grande movimentação marcou local dos crimes: apuração perto do fim (Cláudio Pinheiro)
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Polícia
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