Paraense que aparece ostentando fuzil em baile funk é presa pela PC no Rio de Janeiro
A ação para capturar a investigada foi realizada pelas PCs do RJ e do Pará, durante a operação ‘Parabellum’

Uma paraense identificada como Bianca Duarte Franco, conhecida como “Fielzinha do 41” ou “Filha do 41”, foi presa pela Polícia Civil no Rio de Janeiro. A suspeita e outras duas mulheres, entre elas uma investigada que também é natural do Pará, foram detidas em flagrante por tráfico e associação para o tráfico. A prisão ocorreu dentro da operação ‘Renorcrim/Parabellum’, deflagrada nesta sexta-feira (2), em uma ação conjunta entre os PCs do PA e RJ. Segundo a PC, Bianca é apontada como liderança de uma organização criminosa, com atuação no estado. Segundo as investigações, a paraense atuava como “RH do crime”, selecionando e cadastrando novos membros para a facção.
Segundo informações policiais, “Fielzinha do 41” ganhou notoriedade na mídia após circular nas redes sociais uma imagem em que ela aparece ostentando um fuzil em um baile funk no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. As investigações foram iniciadas até que a suspeita foi localizada e presa em uma comunidade no município de Cabo Frio, na Região dos Lagos. Na ocasião, também foram autuadas outras duas mulheres, identificadas como Layane Tharlita Santos Santana, também do Pará, e Kalita Eduarda Ataíde, natural do Distrito Federal.
Breno Ruffeil, diretor da DRFC, falou sobre o pivô da ação. “A investigada ficou conhecida na imprensa nacional por ostentar um fuzil em um baile funk. Outras duas mulheres foram presas em flagrante durante a operação. Uma delas, também paraense, era responsável por transportar entorpecentes de uma favela a outra, sem despertar suspeitas”, explicou o delegado.
Investigação
De acordo com a PC, contra Bianca ainda havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça paraense por integrar o braço do Comando Vermelho no estado. Segundo a DRFC, ela era responsável por cadastrar novos membros da facção após uma espécie de triagem interna - função comparada pelos investigadores de um departamento de recursos humanos.
“Esta é uma importante prisão tendo em vista que essa pessoa exercia uma função de liderança dentro da organização no estado do Pará, mas que estava há muito tempo foragida no Rio”, destacou Ualame Machado, Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
Layane, por sua vez, atuou como “mula” da organização, encarregada de transportar drogas entre favelas sem levantar suspeitas. Ainda de acordo com a polícia, ela recebeu ordens diretas de Bianca. Já Kalita era responsável pela venda direta de entorpecentes na comunidade onde ocorreu a ação.
“A operação de hoje é mais uma ação integrada da Polícia Civil do Pará no combate ao crime organizado interestadual. Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva aberto contra a principal suspeita e as demais faccionadas responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico”, concluiu Benassuly, delegado-geral da PCPA.
As mulheres foram conduzidas para a realização dos procedimentos pertinentes e seguem à disposição do poder judiciário.
Operação
A operação policial trabalha para combater a migração de membros de facções de outros estados para o Rio de Janeiro, em especial de membros do Comando Vermelho oriundos do Pará. A ação conjunta tem como objetivo frear a expansão territorial dessas organizações criminosas e fortalecer a integração entre as forças de segurança estaduais e federais.
Com a detenção das três suspeitas, a ‘Parabellum’ somou 35 mandados de prisão preventiva cumpridos desde o dia 18 de abril. A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão às Facções Criminosas (DRFC) da Polícia Civil do Pará, com apoio da 64ª DP (São João de Meriti), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP). A Operação Parabellum é coordenada pela Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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