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Polícia descarta caso da 'Sequestradora da Seringa'

As investigações levam a polícia a concluir que os registros de tentativas de sequestro não conferem.

Redação Integrada

Depois da grande comoção causada com os casos envolvendo a mulher que ficou conhecida como "A Sequestradora da Seringa", o delegado-geral de Polícia Civil, Alberto Teixeira, informou que as investigações concluíram que as supostas tentativas de sequestro não ocorreram. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (05), o delegado-geral informou que todos os sete casos que chegaram à polícia foram investigados, e os policiais descartaram as tentativas de sequestro, inclusive, autuando os autores de falsos testemunhos.

 

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"É uma situação grave, que causou um pânico na sociedade. Por isso, usamos tudo que tínhamos disponível para chegar até os responsáveis. Mas, em cada um dos casos que foram registrados na Polícia Civil, através de uma investigação complexa, chegamos à conclusão de que, efetivamente, esses casos não aconteceram. Em alguns deles, as supostas vítimas se retrataram e, quando foi comprovado que houve a falsa comunicação crime, foi lavrado um termo circunstanciado de ocorrência", disse Teixeira.

O delegado elencou os casos denunciados e foi, um a um, explicando quais foram as conclusões que excluíram as supostas tentativas de sequestro. No caso de Ananindeua, uma criança estava "morcegando" em um carro e se feriu, e por isso, contou à família que havia lutado para escapar de uma sequestradora. Em Marituba, um suposto sequestrador foi identificado e preso, mas depois a polícia concluiu que era um homem bêbado, que foi detido por embriaguez e havia "assustado transeuntes".

Em outro caso em Marituba, uma jovem procurou a Polícia e comunicou a tentativa de sequestro em detalhes, mas depois, admitiu ter mentido. Contra ela, foi lavrado um TCO por falsa comunicação de crime. No outro caso de Ananindeua, a mulher que denunciou a tentativa de sequestro de seu filho sustenta a comunicação do crime, mas a polícia informou que imagens de câmera de segurança da rua onde ela alega que sofreu o ataque não mostram ela ou a suposta sequestradora, bem como testemunhas não comprovam o caso. 

Na Sacramenta, em um primeiro depoimento, a suposta vítima alegou a tentativa de sequestro, mas em outra conversa com a polícia, não confirmou. Ela alegou que "não fez por mal", e o suposto crime não tem testemunhas ou imagens de câmeras de vigilância. No caso da Cidade Nova, a vítima não desmentiu sua versão, mas a polícia não encontrou testemunhas ou imagens que comprovem o ataque.

No suposto crime que ocorreu no Marco, a mulher não desmentiu sua versão. Ela disse que ficou lesionada ao lutar com a sequestradora e disse que a testemunha do caso era uma adolescente, sua vizinha. Essa jovem foi ouvida, e disse que estava dentro de um Uber - uma Hilux, preta - e viu a tentativa de sequestro. Quando a Polícia perguntou mais características desse Uber para poder falar com o motorista, a moça disse que não tinha mais o celular que chamou o carro. Avançando nas investigações, a Polícia descobriu que um caso muito semelhante já havia sido registrado envolvendo esses mesmos vizinhos, e a Polícia investiga se uma briga entre moradores da rua pode ter levado à fabricação dessa história.

Quando perguntado sobre o retrato falado que foi divulgado com base na descrição da suspeita, o delegado-geral disse que esse é o procedimento de praxe, feito a partir do relato do caso do Marco, o primeiro a ser comunicado à polícia. "A vítima disse que seria capaz de fazer esse registro, e nós não podemos nos abster de permitir que ela faça, pois o registro de ocorrência é unilateral. Ela fez o retrato, que foi divulgado por se tratar de um caso grave e qualquer informação que possa contribuir com a elucidação é importante. Mas chegamos à conclusão de que o fato não aconteceu", concluiu o delegado. 

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