Polícia Civil pede calma contra boatos sobre 'sequestradora de seringa'
Delegado-geral alerta para riscos e orienta como agir. Mulher foi agredida por engano essa sexta

A Polícia Civil divulgou nota nessa sexta-feira (24) onde volta a alertar sobre os riscos de divulgar, nas redes sociais, informações falsas e boatos sobre o caso da mulher suspeita de sequestrar três crianças nos bairros do Marco, Barreiro e Cidade Nova, na última sexta-feira (17). Hoje uma funcionária da Prefeitura Municipal de Ananideua chegou a ser agredida pela população ao ser confundida com o retrato falado da suspeita, divulgado na terça-feira (21) pela polícia. O mal-entendido envolveu dois servidores municipais e a situação só foi contornada com a intervenção de autoridades policiais.
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"Nós entendemos o temor da população, pois envolve a segurança de crianças. Todos ficam preocupados, principalmente aqueles que têm filhos. Por isso, algumas pessoas não têm o devido cuidado na divulgação de informações e de fatos. Mas é preciso ter calma e atenção nesse momento para não cometer enganos, principalmente nas redes sociais”, alertou o delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira.
Agressões contra servidora municipal
Segundo informações do 30º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no fim da manhã militares foram acionados para atender a uma ocorrência no Conjunto Carlos Marighella, onde populares teriam detido a suposta sequestradora. Ao chegar ao local, a mulher já havia sido agredida pela população.
Depois de conseguirem tirá-la das mãos dos populares, a mulher se identificou como Márcia da Silva Sousa, servidora pública municipal, a serviço da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (Semcat). Ela estava no local para cuprir visitas a crianças e famílias atendidas pela prefeitura.
Retrato falado exige atenção e calma
“Uma vítima nos procurou e foi feito um retrato falado da suspeita do crime. Se alguém notar a semelhança de uma pessoa com a imagem ou desconfiar da circulação de determinado carro, o que pedimos é que sejam anotadas informações como cor, tipo e placa do veículo e as características físicas dos ocupantes. E aí é preciso levar essas informações para a delegacia mais próxima, porque elas serão repassadas para a equipe responsável pela investigação”, ressaltou o delegado Alberto Teixeira sobre a orientação da polícia, que apura o caso com a ajuda do retrato falado.
Quem divulga informações e imagens nas redes sociais acusando indevidamente uma pessoa pode cometer uma transgressão da lei. “Atribuir atitude criminosa a alguém é uma atitude séria. Se a pessoa for inocente, o responsável pela informação falsa pode responder na área criminal”, alertou o delegado-geral.
Alberto Teixeira também observa que a divulgação de notícias falsas pode induzir o trabalho da polícia ao erro. “Toda informação que chega à nossa equipe de investigação é averiguada. Se existem várias ocorrências inconsistentes, que exigem nossa atenção, pode ser que a verdadeira informação demore a ser investigada”.
Quaisquer informações que possam ajudar na elucidação do crime, podem e devem ser repassadas às autoridades policiais pelo Disque-Denúncia (181) ou junto ao Centro Integrado de Operações (190). Não é necessário se identificar e a ligação é gratuita. A redação integrada de O Liberal também recebe a qualquer momento denúncias e informações de ocorrências em texto, áudio, fotos e vídeo pelo WhatsApp: basta contactar no número (91) 98439-8833. A ligação é gratuita (com informações da Agência Pará).
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