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PM que atirou em jovem no Guamá é indiciado por tentativa de homicídio, aponta documento

Arthur dos Santos Júnior, que é sargento da PMPA, já recebeu alta hospitalar e encontra-se preso preventivamente

O Liberal
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O sargento Arthur dos Santos Júnior, da Polícia Militar do Pará (PMPA), suspeito de balear a jovem Catharina Kethellen da Silva Palmerin, 24 anos, com um tiro na barriga, foi indiciado na última segunda-feira (4) pelo crime de “tentativa de homicídio qualificado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”. O fato ocorreu no último domingo (3), em uma parada de ônibus, no bairro do Guamá, em Belém. Nesta quarta-feira (6), familiares da vítima informaram à reportagem de O Liberal que o estado de saúde da jovem é “extremamente delicado”. Ela perdeu parte do intestino e apresentou alterações na bexiga.

Ainda segundo os familiares, Catharina foi transferida para um hospital de alta complexidade. Não há detalhes sobre quando e para onde foi feita a transferência. Antes, ela estava no Pronto Socorro do Guamá. Ainda nesta quarta, foi realizado um ato, em frente ao Hangar Centro de Convenções, pedindo justiça para o caso. Uma nova manifestação está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (8), no bairro onde o crime foi registrado.

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O caso aconteceu na tarde deste domingo (3). A vítima está hospitalizada e o foi suspeito encaminhado ao Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciap) levar um golpe de canivete desferido pela jovem

A informação do indiciamento do militar consta em documento que pode ser acessado no site do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). O caso tramita na justiça comum porque, no momento do baleamento, Arthur não estava a serviço da Polícia Militar do Pará (PMPA). Ele era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE). Na tarde desta quarta-feira (6), a PMPA confirmou, por meio de nota, que o militar teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, ou seja, tempo indeterminado pela justiça.

A PM também informou que o sargento “foi imediatamente afastado do serviço operacional”. “Após alta hospitalar, foi conduzido ao sistema prisional, permanecendo à disposição judicial enquanto responde pelo grave delito”, acrescentou a PMPA. “Internamente, foi instaurado procedimento disciplinar para apurar em profundidade o caso e adotar as medidas administrativas pertinentes, de forma rigorosa”, assegurou a instituição.

Justiça Militar

Procurado pela reportagem de O Liberal para comentar a situação do policial, o promotor de Justiça Militar Armando Brasil disse que vai determinar a instauração de Conselho de Disciplina para apurar a permanência ou não do militar na tropa.

Provas do crime

Ainda conforme o documento disponível no site do TJPA, nos autos do processo, há provas da existência do crime praticado pelo militar “no boletim de ocorrência e nos depoimentos das testemunhas”. “O relato indica que o flagranteado, policial militar, estaria embriagado e teria tentado abusar sexualmente da vítima, a qual reagiu e, em decorrência disso, foi baleada”, diz o documento.

No entendimento da justiça paraense, a manutenção da prisão do sargento Arthur é imprescindível para a manutenção da ordem pública e garantia da instrução criminal. “Há fortes indícios de que o autuado, ao ser posto em liberdade provisória, continuará ameaçando a paz e a segurança social”, acrescenta o documento.

Estado de saúde

“Ela foi transferida para um hospital de maior complexidade, por conta do quadro dela requerer maiores cuidados”, disseram os familiares de Catharina à reportagem de O Liberal. Questionados sobre o quadro de saúde da jovem, a resposta foi de que continuava “extremamente delicado”. “Ela está lutando pela vida neste momento. Estamos observando como ela vem evoluindo, porém, além da perda de parte do intestino, a bala ainda está alojada. Apresentou alterações na bexiga e precisou de transferência”, informaram os familiares.

Relembre o caso

A estudante de enfermagem Catharina Keth​ellen da Silva Palmerin, 24 anos, foi baleada na tarde do último domingo (3) pelo sargento Arthur dos Santos Júnior, no bairro do Guamá, em Belém. A vítima estava em uma parada de ônibus na avenida Barão de Igarapé-Miri, próximo à avenida José Bonifácio, no momento em que sofreu uma tentativa de abuso sexual por parte do militar. A ação foi registrada por câmeras de segurança.

As imagens mostram que o policial se aproximou, passou a cercá-la e chegou e tentou puxá-la, pelos braços, em direção às barracas da feira do Guamá. Para se defender do ataque, Catharina desferiu um golpe de canivete no agressor. Ele, então, sacou a arma e atirou na mulher, ferindo-a no abdômen. A vítima foi socorrida e levada inicialmente ao Pronto Socorro do Guamá, onde passou por cirurgia. Em seguida, a jovem foi transferida para um hospital não informado.

No momento do crime, moradores da área tentaram defender Catharina. Mas o policial apontou a arma para eles, ameaçando-os, e em seguida fugiu. Logo depois, foi preso por uma guarnição da Polícia Militar. À polícia o militar alegou que a estudante teria tentado assaltá-lo.

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