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Pará teve 75 celulares roubados por dia de janeiro a abril de 2023; são 3 aparelhos por hora

Moradores de Belém relatam quais as medidas de segurança que tomam para deixar o aparelho escondido de criminosos nas ruas

Dilson Pimentel

Entre janeiro e abril de 2023, foram computados 9.008 roubos de celulares no Pará, uma queda de 30,4% em relação ao mesmo período de 2022, quando houve 12.960 roubos. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Com isso, o estado teve, no primeiro quadrimestre deste ano, uma média de 75 celulares roubados por dia ou cerca de 3 aparelhos roubados por hora.

A Segup informou que não produz ranking de cidades ou bairros para não estigmatizar os municípios, populações ou bairros. Mas, tanto no caso de roubo quanto no de furto de celular, a vítima pode denunciar através dos canais de denúncia, além de registrar ocorrência em delegacia física ou na virtual. A diferença entre os crimes é que, no roubo, há o emprego de violência, com o uso, por exemplo, de arma de fogo ou faca.

O estoquista Arthur Hermano, 21 anos, sofreu um assalto à mão armada e teve o celular roubado. Ele contou que a ação criminosa ocorreu, por volta das 8 horas, quando ele chegava na escola em que estuda, no bairro da Pedreira, em Belém. Em uma bicicleta, um homem abordou Arthur e o amigo e mandou eles “passarem” o celular. “Pensei que era uma brincadeira”, contou. Mas, em seguida, o homem levantou a camisa e mostrou o revólver.

Arthur disse que, a princípio, pensou em reagir, mas desistiu, pois teve medo de acontecer algo mais grave. “Não vou levar um tiro de graça”, pensou ele na hora. “Meu celular não vale a minha vida”, contou. Em seguida, ele compareceu a uma delegacia da Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. Esse roubo ocorreu em 2019.

E, desde então, Arthur passou a ter mais cuidados no dia a dia. Ele afirmou que não fica mexendo no aparelho na rua e também não deixa o aparelho à mostra. “Não coloco no bolso. Às vezes, coloco na cintura”, contou.

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Para não ser roubado, vendedor evita andar em ruas desertas

Muitas vezes, os ladrões aproveitam um descuido das pessoas para furtar celulares. E usam artifícios para subtrair os aparelhos das vítimas. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o vendedor Michel Pires, 25 anos, que trabalha em uma banca no centro comercial de Belém.

No ano passado, um homem, que se passou por um possível cliente, perguntou se havia bateria de celular. Na hora em que Michel foi verificar, o homem furtou o celular e saiu rapidamente do local. “Ele tirou a minha atenção”, contou.

Michel disse que não teve tempo de registrar ocorrência, até porque também achou que, ainda que comunicasse o fato, provavelmente não conseguiria reaver o aparelho. Ele disse que conseguiu bloquear o aparelho. Para evitar ser vítima de roubo, Michel contou que evita andar por ruas com pouco movimento ou, quando tem que passar por essas vias, anda bem rápido.

A psicóloga Isabela Ribeiro, 25 anos, disse que “ainda” não foi roubada e nem vítima de furto. Mas que, no dia a dia, usa algumas estratégias para ser alvo dos ladrões. “Não costumo usar o celular na rua”, disse ela. Na hora da entrevista, ela usava o aparelho. “Mas para pedir um aplicativo”, explicou. Ela também evita usar o celular dentro do transporte público. “Quando coloco o celular na bolsa, deixa a bolsa bem perto de mim”, contou Isabela.

Roubos de celulares em 2023

Entre janeiro e abril, foram computados 9.008 roubos de celulares no Pará. Uma queda de 30,4% em relação ao ano passado.

Em 2022, no mesmo período, houve 12.960 roubos.

Onde denunciar

Nas delegacias (nos prédios físicos) ou na delegacia virtual: https://www.delegaciavirtual.pa.gov.br/#/

Fonte: Segup

 

Polícia