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Pais de bebê que teve cabeça arrancada em parto na Santa Casa prestam depoimento à polícia

Comparecimento à Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) faz parte da apuração do caso. Morte ocorreu dia 16, na Santa Casa de Misericórdia

Redação integrada de O Liberal
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Os pais do bebê que morreu com a cabeça arrancada, durante um parto realizado no último dia 16, no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, estão prestando depoimento à Polícia Civil, na manhã desta quinta (29), na capital. A família é de Ourém. Os depoimentos fazem parte da apuração do que aconteceu durante o parto, e ocorrem na sede da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), desde as 10h desta quinta.

A ida à polícia, anunciada pela família ainda na semana passada, foi confirmada nesta quarta-feira (28) pelo advogado Ramon Martins, que representa no caso os pais da criança. Vieram a Belém a mãe do bebê, Daira Oliveira, e o pai Roberto Lemos, além da amiga da família, Amanda Lima.

Caso é apurado pela polícia e pela Santa Casa


Na noite de sexta-feira (16), Daira Oliveira de Souza  chegou a Belém, vinda de Ourém, em avançado trabalho de parto. Recebida na Santa Casa de Misericórdia, ela passou por um procedimento indicado para a realização do parto natural, mas durante o trabalho a cabeça do feto foi arrancada, segundo o testemunho de Amanda Vieira, amiga da família que acompanhava o parto. “Uma (enfermeira) novinha puxou, puxou com força e a cabeça do bebê caiu no chão”, afirmou ela.  

O feto foi levado para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, onde um exame cadavérico foi feito, antes da liberação do corpo, que ocorreu apenas no dia 19, três dias após a morte. Só então a criança pode ser enterrada pelos familiares, em Ourém. 

“O feto possuía várias malformações, o que ocasionou uma complicação obstétrica pouco frequente chamada distocia de ombro, na qual a cabeça fetal se exterioriza e o corpo não. Todas as manobras previstas na literatura científica foram realizadas com o intuito de despender o ombro fetal e assim liberar o restante do corpo do bebê. Mas a equipe não obteve sucesso com a realização do procedimento”, disse a Santa Casa de Misericórdia em nota divulgada  na noite de sábado (17), quando o ocorrido ganhou repercussão. O hospital, que lamentou o episódio, disse que todos os procedimentos previstos para casos como esse foram realizados. 

O governador Helder Barbalho chegou a se pronunciar sobre o caso através da sua conta no Twitter. Helder prestou condolências à família e informou que havia acionado a Polícia Civil para investigar o caso. o governador também disse nas redes sociais que havia determinado o afastamento imediato dos profissionais envolvidos no caso. "Pedi também a Polícia Civil do Pará que apure com rigor o ocorrido".

A Polícia Civil confirmou, após o episódio, que instaurou um inquérito que "corre em sigilo para investigar, junto com o Renato Chaves, as causas e os responsáveis, para eventuais punições sobre o caso”

A Fundação Santa Casa também disse que uma investigação interna foi instaurada para apurar as condutas técnicas adotadas durante o parto e investigar se houve erro da equipe envolvida no parto do bebê, “dentro do processo de avaliação de riscos e de cumprimento dos protocolos de segurança do paciente estabelecidos pelo hospital”. O hospital confirmou ainda que os profissionais - que não tiveram os nomes divulgados - foram afastados.

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