Operação desmobiliza garimpos ilegais para evitar interrupção de energia elétrica no país
Operação se deu em Marabá, próximo às linhas de transmissão da Usina de Belo Monte

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal (PF) em Marabá, no sudeste do Pará, na última quinta-feira, 10, com o objetivo de desmantelar garimpos ilegais de manganês em região próxima à Usina Hidrelétrica de Belo Monte. As operações ilegais provocavam o risco de interrupção do fornecimento de energia elétrica para um terço do país, afetando cerca de 70 milhões de brasileiros. A operação foi intitulada 'Curto-Circuito'.
Os garimpos ilegais de manganês funcionavam nas vilas União e Capistrano de Abreu, em Marabá. A ação destruiu máquinas nas proximidades da linha de transmissão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A extração ilegal de minério na área ameaça o funcionamento das linhas de transmissão de energia, tendo em vista o risco de queda das torres, que levam a energia produzida na usina de Belo Monte para outros estados do país.
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Por questões logísticas, foi inviável transportar o maquinário pesado apreendido e, para que não seja reutilizado no garimpo ilegal, foi feita a inutilização dos equipamentos nos termos da lei. No total, foram inutilizadas 14 pás carregadeiras, dois caminhões e vários britadores na região, que fica a cerca de quatro horas do centro da cidade. Oito caminhões foram apreendidos; cinco foram levados à Delegacia de Marabá e três ficaram com fiéis depositários (quando a Justiça confia um bem a alguém durante um processo), pela impossibilidade de também levar ou destruir.
Os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União (extração ilegal de minério), associação criminosa, dentre outros. A operação começou na manhã de quinta-feira, mas por conta da complexidade logística, só terminou na madrugada desta sexta-feira, 11.
Coordenada pela Delegacia da Polícia Federal em Marabá, a operação mobilizou mais de 170 profissionais, com apoio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Também houve apoio da Força Nacional de Segurança Pública, do IBAMA, da Agência Nacional de Mineração (ANM), além de informações de inteligência do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam, Ministério da Defesa) e da Abin. O trabalho foi fruto também de discussões e demandas do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).
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