Delegacia da Terra Firme bate recorde e devolve 168 celulares a vítimas de furtos e roubos
Número já supera o total de smartphones recuperado em todo o ano passado

A equipe da Delegacia da Terra Firme, da Polícia Civil do Pará, devolveu, na manhã desta quarta-feira (03), 12 celulares recuperados de furtos e roubos. Somente até agosto deste ano, a delegacia já superou o número total de aparelhos recuperados em 2024, com 168 smartphones devolvidos aos verdadeiros proprietários. No ano passado, foram 167 dispositivos recuperados.
Os aparelhos foram furtados ou roubados e, após diligências investigativas, foram localizados e devolvidos aos donos. Mais de 30 celulares foram recuperados apenas em agosto. Os proprietários estão sendo contatados e orientados a comparecer à unidade para reaver os bens.
Uma das pessoas que teve aparelhos devolvidos foi o motorista de aplicativo Paulo Santos, de 57 anos. Ele foi vítima de um assalto por uma dupla de criminosos no bairro da Terra Firme, em fevereiro deste ano. A Polícia Civil conseguiu rastrear e devolver os dois aparelhos. “É um sentimento de alegria, porque é um bem que a gente compra, trabalha com muito suor, e é uma ferramenta de trabalho, já que sou motorista de aplicativo”, conta.
O delegado titular da Delegacia da Terra Firme, Jarson Silva, destaca que a Polícia Civil tem intensificado as investigações sobre roubos de celulares, com base em informações dos boletins de ocorrência. Ele orienta que todas as vítimas de furto ou roubo registrem ocorrência com o número de série (IMEI), que é essencial para que a polícia localize o aparelho.
“A delegacia virtual é mais uma ferramenta disponível para a população. O que a gente precisa, tanto no registro presencial quanto virtual, é que contenha o máximo de informações do ato criminoso — se foi furto ou roubo — e também as informações do aparelho, sobretudo o IMEI, que é o número de série presente na caixa e na nota fiscal. São essas informações que permitem à polícia identificar”, reforça o delegado.
Técnicas de investigação são utilizadas para identificar os proprietários e responsabilizar quem está em posse dos aparelhos de forma ilegal. “Existe uma triagem dos boletins de ocorrência, todas elas documentadas, e ao final a gente consegue identificar a pessoa que está de posse do celular. Se ela não tiver documento que comprove a origem lícita, vai responder pelo crime”, acrescentou o delegado.
Celulares são alvo frequente de criminosos devido ao seu valor econômico e ao acesso a informações pessoais e bancárias. Após o roubo, os aparelhos são rapidamente revendidos por preços abaixo do mercado legal, o que atrai compradores desavisados. Por isso, a comprovação de origem é fundamental ao adquirir um celular — mesmo em lojas — para evitar responder por receptação simples, crime que prevê pena de um a quatro anos de reclusão e multa.
Jarson alerta que um dos principais problemas é a receptação de produtos ilegais. “A própria população tem a melhor maneira de prevenir esse crime, que é evitando comprar qualquer aparelho sem comprovação de origem”, destaca.
Paulo Santos lembra do prejuízo que teve na época do roubo. Ele foi obrigado a comprar um novo aparelho. “Eu tive um prejuízo de R$ 800 a R$ 900, mas, graças a Deus, hoje estou com os aparelhos recuperados e tenho que agradecer à polícia pelo trabalho que vem sendo feito. Saio muito satisfeito”, disse.
O motorista planeja emoldurar um dos aparelhos recuperados como lembrança da superação do trauma e do bom trabalho da polícia. “Esse aqui vou fazer um quadro dele e deixar lá. Não é uma lembrança satisfatória, mas é porque eu recuperei meu aparelho e estou aqui pronto para batalhar novamente”, finalizou.
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