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Caso Yasmin: saiba quem são os sete indiciados pela Polícia Civil

Uma das acusadas havia recebido voz de prisão por desacato no dia da reprodução simulada do caso em abril deste ano

O Liberal
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Com a entrega do relatório da Polícia Civil (PC) ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) sobre a morte de Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, sete pessoas que estavam na lancha - incluindo o dono da embarcação Lucas Magalhães - foram indiciadas no caso. Euler André Magalhães da Cunha, Bruno Faganello dos Santos, Alex Teixeira do Rosário, Cecília Souza de Souza, Claudielly Tayara de Souza da Silva e Barbara de Araújo Ramos também foram os passageiros apontados no documento entregue na última sexta-feira (11). De acordo com o delegado Cláudio Galeno, titular da Divisão de Homicídios (DH), foram identificados quatro crimes cometidos pelos passageiros: falso testemunho, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e fraude processual. Porém, não foi detalhado qual crime cada acusado cometeu. 

Galeno adiantou que Bruno e Euler teriam atirado dentro da embarcação, mas não revelou se os disparos foram culminantes na morte da vítima.

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Uma das indiciadas havia recebido voz de prisão por desacato

No dia 13 de abril, quando aconteceu a reconstituição do caso, Cecília recebeu voz de prisão por desacatar uma escrivã da Polícia Civil do Estado do Pará (PCPA). Conforme narra o boletim de ocorrência, Cecília Souza de Souza estava isolada no camarote 5 de um dos navios da Marinha do Brasil e teria ficado irritada pela demora em ser chamada para participar da reconstituição.

Segundo o documento, a escrivã teria explicado que a demora se dava pelo fato de estar chovendo muito no momento da reprodução simulada, o que fez com que o processo fosse interrompido. A policial chegou a oferecer lanche e água, porém Cecília não aceitou e disse: “Vocês todos vão tomar no c*. Aqui é uma palhaçada! Cadê o mandado do juiz? Palhaços, tudo palhaçada”.

Em seguida, ainda de acordo com o documento, Cecília bateu a porta do camarote, que somente não acertou o rosto da escrivã, porque esta se esquivou. Depois de autuada, Cecília assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Segundo a polícia, ela vai responder em liberdade pelo crime de desacato a autoridade. Após a assinatura do documento, Cecília participou normalmente da reprodução simulada da morte de Yasmin Macêdo.

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Saiba os motivos da prisão do dono da lancha

A PCPA informou que Lucas foi detido pelos crimes de homicídio por dolo eventual, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. O crime de homicídio por dolo eventual: segundo o delegado Cláudio Galeno, diretor da Divisão de Homicídios (DH), Lucas assumiu o risco pelo ocorrido ao navegar com a embarcação acima da capacidade de passageiros, não possuir equipamento adequado de salvatagem, além de conduzir embarcação sem habilitação.

Sobre a fraude processual, a equipe encarregada do caso aponta que, durante o inquérito policial, ficou constatado que Lucas prejudicou as investigações ao adulterar a lancha onde ocorreu o evento em apuração, criando obstáculos à reprodução simulada dos fatos. Quanto ao porte ilegal e disparo de arma de fogo: no dia do ocorrido, o acusado estava armado ilegalmente e, durante a investigação, ficou comprovado que houveram disparos na lancha. Ainda não há definição se os tiros influenciaram na morte da influenciadora Yasmin.

Após longo trabalho investigativo, as autoridades policiais responsáveis pelo inquérito que apura o caso concluíram, com base em evidências e provas, que o indiciado contribuiu para a morte da vítima. Lucas era o proprietário e comandante da embarcação utilizada no dia do ocorrido.

A determinação veio após a polícia cumprir um mandado de prisão preventiva, expedido pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais. Lucas foi encontrado em uma loja automobilística de Ananindeua, e encaminhado à Divisão de Homicídios (DH), em Belém. E, um dia após a prisão de Lucas Magalhães, dono da lancha envolvida no caso Yasmin Macêdo, a defesa do acusado, representada pelos advogados criminalistas Antônio Vitor Cardoso Tourão Pantoja, Paulo Andrey de Azevedo Maia e Frank Anderson Lima Marques de Souza, divulgou uma nota à imprensa, afirmando que a prisão foi ilegal e que “inexistem os pressupostos para aplicação da prisão preventiva”.

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Relembre o caso

A influenciadora desapareceu na noite do dia 12 de dezembro, durante um passeio de barco pelas águas do rio Maguari, em Belém, onde estavam outras 19 pessoas. Yasmin teria sumido por volta de 22h30, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas em virtude da divergência de informações prestadas pelas testemunhas convocadas a depor. A mãe dela, Eliene Cristina Fontes, declarou que há, pelo menos, três versões do que teria acontecido naquela noite, segundo pessoas que estavam na lancha.

O corpo da jovem foi encontrado às 12h40 de segunda-feira, 13 de dezembro, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular, a aproximadamente 11 metros de profundidade. A mãe da influencer declarou ter havido relatos de que Yasmin teria caído. Outro depoimento mencionou que a vítima teria usado a escada da embarcação para urinar e acabou sumindo. Uma terceira versão dá conta de que ela teria mergulhado no rio e desparecido. Durante depoimentos recentes prestados por passageiros, a polícia descobriu que tiros foram disparados na embarcação.

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