Áudios interceptados de fugitivos de Mossoró presos no Pará expõem detalhes de fuga
As ligações telefônicas monitoradas pelas autoridades policiais auxiliaram nas ações que resultaram na prisão dos fugitivos
Várias ligações telefônicas realizadas pelos fugitivos do presídio federal de Mossoró, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, foram interceptadas pelas autoridades policiais durante os dias em que ocorreram as buscas. Uma matéria divulgada pelo ‘Fantástico’, na rede Globo, no último domingo (7), mostra os áudios das conversas que auxiliaram na recaptura dos procurados e na prisão dos comparsas, realizada na última quinta-feira (4).
Em uma das conversas, Rogério fala com uma mulher e diz o que ele e Deibson passaram enquanto se escondiam. “O bagulho foi cerradinho. Se tu ver, eu passei por um imprensado grande, grande, grande, mesmo assim, um bagulho de filme mesmo. Os caras perseguindo nós, passando assim e nós sentido os ‘chulé’ da bota dos caras”, contou.
Ainda na mesma conversa, ele afirma que está bem e ainda faz planos para casar com a mulher com quem falava. Na ocasião, o fugitivo estava escondido na Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, capital do Pará.
“Eu to livre, curtindo a vida. Eu to bem, graças a Deus, cheio de saúde, força, liberdade, pegando um ventozão aqui. [...] Tá ótimo demais. Eu pensava que nunca mais ia viver isso", disse.
Planos de sair do Brasil
Ao falar com a mulher, Rogério contou que ele e Deibson estavam recebendo ajuda para realizar as viagens pelos estados brasileiros e que usaram uma embarcação para sair de Icapuí, no estado do Ceará, e chegar ao Pará. Além disso, também relatou ter que o plano era sair do Brasil.
“Eu acho que não vai mais um mês, porque agora nós atravessamos uma parte por água. Estamos aqui na ilha esperando alguém buscar nós... Vai tirar nós de dentro do país”, afirmava. Segundo a investigação, o objetivo do grupo era chegar à Bolívia.
Após a prisão dos dois fugitivos e dos quatro homens que davam apoio na fuga, Deibson e Rogério foram encaminhados novamente para o presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Já os outros envolvidos continuam presos na delegacia da Polícia Federal em Marabá.
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