Acusados pela morte de mulher encontrada dentro de tambor vão a júri popular em Barcarena
A família da vítima aguarda o julgamento com esperança de que os responsáveis sejam punidos
O julgamento de dois acusados de envolvimento na morte de Marciele Lopes, de 30 anos, será realizado no próximo dia 30 de outubro, em Barcarena, no nordeste paraense. O corpo da vítima foi encontrado em março de 2023, com múltiplas marcas de facadas, dentro de um tambor no terreno de uma empresa de terraplenagem localizada na Vila do Conde.
O casal Mateus Gonzaga Alencar Mendes e Milena Furtado Santos é acusado de participação direta no crime. Segundo a denúncia, eles teriam agido com a ajuda de Walter Gonzaga, tio de Mateus, e de um adolescente cuja identidade e situação processual permanecem desconhecidas. Mateus está preso, enquanto Milena aguarda o julgamento em liberdade provisória. Walter foi solto logo após a audiência de custódia realizada poucos dias depois do crime.
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A família da vítima aguarda o julgamento com esperança de que os responsáveis sejam devidamente punidos. “Eles destruíram nossa família e a vida dela. Queremos justiça! Por mais que o julgamento não traga a Marciele de volta, queremos que todo o esforço que fizemos desde o desaparecimento dela não tenha sido em vão”, disse uma parente.
O caso
Marciele Lopes, que trabalhava como segurança terceirizada na empresa de terraplenagem, desapareceu na noite do dia 25 de março de 2023, após encerrar seu turno. A demora da vítima em retornar para casa preocupou os familiares, que passaram a procurá-la. Na madrugada seguinte, o corpo da jovem foi encontrado no terreno da empresa para a qual ela trabalhava. A descoberta se deu após parentes fazerem buscas na área e localizarem manchas de sangue no chão, que os conduziram até o tambor onde o corpo estava escondido.
Os familiares acreditam que a morte de Marciele esteja relacionada a conflitos internos na empresa. Na época do crime, eles relataram à imprensa que “picuinhas” e “inveja” poderiam ter motivado o homicídio, embora desconhecessem ameaças explícitas contra a vítima. Segundo os parentes, até hoje, os acusados não confessaram o crime nem deram explicações claras sobre os motivos do assassinato. “Nenhum deles fala a real motivação. Um joga a culpa no outro”, afirmou uma familiar de Marciele.
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