Acusado de matar a companheira asfixiada é condenado a 13 anos de prisão em Belém

Odilon Ribeiro dos Santos cumprirá a pena inicialmente em regime fechado

Gabriel Pires

Odilon Ribeiro dos Santos, acusado de matar asfixiada a própria companheira Thais Cristina de Moraes Fernandes, de 27 anos, foi condenado nesta terça-feira (23) a 13 anos de prisão pela Justiça Paraense. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. O julgamento presidido pela juíza Carolina Maia foi realizado no Fórum Criminal, no bairro Cidade Velha, em Belém, teve início às 8h30. Foram mais de 13 horas de sessão, até que a sentença foi proferida por volta das 21h10.

Logo no início da manhã, uma das primeiras testemunhas a ser ouvida foi o perito do Instituto Médico Legal (IML), Mauro Real, que emitiu o laudo atestando a asfixia da vítima, na época da morte. O laudo sustenta a tese da defesa da família da vítima.

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Além dele, familiares e amigos da vítima e do acusado também foram ouvidos. Entre as demais testemunhas estavam a mãe de Thaís, que foi a segunda pessoa a ser ouvida no julgamento, além do pai da vítima, Eloi Fernandes. Durante à tarde, o júri seguiu com o depoimento de quatro testemunhas, além do interrogatório do réu.

Em meio ao julgamento, familiares e amigos de Thais se reuniram para pedir justiça e solução para o caso, após quase quatro anos do crime, ocorrido em 2019. Durante todo esse tempo, o acusado ficou em liberdade. Familiares apontam que Thais vivia um relacionamento abusivo. O pedido de Cristiane Shirley, mãe da vítima, era para que a justiça fosse feita.

Para a advogada Larissa Miranda, que está na defesa da família de Thais, a jovem foi vítima de feminicídio. “O caso específico do assassinato da Thais é um caso emblemático. Justamente pelo fato de que ele [o réu] nunca foi preso, em momento nenhum. Isso gera na gente um sentimento de falta de justiça. Hoje, com todas as falas, dos peritos, as falas da família, fica completamente configurado de que a Thais sofria violência doméstica e, por consequência disso, ela foi uma vítima de feminicídio”, diz a advogada.

“Ele [o acusado] alega que a Thais teve uma super crise de asma. E, que dessa crise de asma, ela simplesmente caiu morta no chão e que ele foi fazer uma massagem cardiorrespiratória, com a finalidade de fazer o ressuscita na Thais. Mas fica evidente com o lago da perícia de que não foi isso que aconteceu, de que ela sofreu uma morte violenta, uma agressão. E, que dessa agressão, ela quebrou um osso muito importante no pescoço e ela veio a falecer, de forma quase que imediata. Quando ela chegou na UPA, ela já não estava mais viva e assim por diante”, completa Larissa.

Relembre o caso

O crime ocorreu em dezembro de 2019 na casa onde o casal morava. Na época, o homem socorreu Thais para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta, mas a jovem já estava morta. Aos familiares de Thais, o companheiro dela havia informado que ela teria sofrido mal súbito, o que foi desmentido pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), que constatou morte por asfixia, por meio de perícia realizada no corpo da jovem. Thais deixou duas filhas.

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