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Universidades realizam projetos para pacientes com doença de Alzheimer

Universidades Federal (UFPA) e Estadual (UEPA) possuem projetos abertos para atender idosos

Vito Gemaque
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As universidades públicas são aliadas com pesquisas científicas de combate à doença de Alzheimer. No Estado, a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade do Estado do Pará (UEPA) possuem projetos voltados para pessoas com Alzheimer. Na véspesra do Dia Mundial do Alzheimer (21/09), conheça os projetos das instituições paraenses voltados para a doença.  

A UFPA está desenvolvendo um projeto pioneiro com a criação de aplicativo para auxiliar no tratamento e acompanhamento dos pacientes com Alzheimer. O aplicativo MemoryLife já está disponível para download nos smartphones de sistema Android. O programa estimula as funções cognitivas de idosos.

O app possui as categorias de jogos Memória e Lógica utilizando objetos do cotidiano do idoso para auxiliar o desenvolvimento da memória visual, auditiva e lógica numérica. Os interessados também podem entrar em contato pelo perfil @proj.memorylife no Instagram.

A professora da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Pará (UFPA), Kátia Omura, é a coordenadora do aplicativo MemoryLife. Junto com dois estudantes de graduação. O intuito é auxiliar no retardo da doença e entender melhor a enfermidade com dados precisos ao coletar os dados para verificar a eficácia na manutenção das funções cognitivas.

“Enquanto terapeuta ocupacional a gente não tinha material específico para trabalhar com esse público, idosos com Alzheimer. Uma estudante me procurou e começamos a desenvolver como projeto de iniciação cientifica. Agora a gente conseguiu atualizar o programa e melhorar o designer do aplicativo. Em termos de treino cognitivo para idosos com Alzheimer ele é pioneiro. Existe outro software, mas é para diagnóstico, e mais voltado para o médico”, detalha Omura.

Qualquer idoso, tenha sido diagnosticado com Alzheimer ou não, pode participar. O interessado é avaliado para saber se preenche os critérios. Em seguida, iniciam-se os treinos, duas vezes por semana, até completar 10 sessões. Com os dados coletados, o idoso é reavaliado para verificar se houve alguma mudança nos aspectos cognitivos.

Desde 2018, quando foi criado mais de 50 pacientes com Alzheimer foram atendidos. A partir deste ano, a equipe de pesquisadores também abriu vagas para idosos que não possuem a doença. Os atendimentos são feitos na Usina da Paz Terra Firme, nos dias de terça e quinta-feira, das 14h às 17h. A ideia é ter um outro grupo para comparar os resultados de idosos com boa saúde e portadores de Alzheimer. Os resultados dos primeiros grupos foram promissores.

“Os participantes tiveram uma mudança significativa na memória, conseguimos observar que o número de erros também diminuiu drasticamente. Eles conseguiram melhorar ou manter a memória cognitiva. Queremos comparar os resultados com o outro grupo de idosos que não possui Alzheimer”, adianta.

Já a UEPA por meio do Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI/Uepa) e às pessoas com Doença de Parkinson realiza o projeto extensão universitária que abrange várias áreas da saúde com atuação interdisciplinar e atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Podem participar pessoas a partir dos 60 anos.

Os acompanhamentos são feitos por alunos da graduação e profissionais das áreas de geriatria, neurologia, terapia ocupacional, fisioterapia, otorrinolaringologia, fonoaudiologia, assistência social, psicologia e educação física. O projeto, que iniciou em 2016, atende de forma gratuita nas terças e quartas pela manhã, no Campus II, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/Uepa), no bairro do Marco, em Belém.

O encaminhamento é feito via guia de referência por meio de encaminhamento de unidades do SUS. O serviço promove estratégias de tratamento, reabilitação e prevenção dos principais agravos à saúde do idoso.

*Com a produção de Lucas Quirino, estagiário sob a supervisão de João Thiago. 

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