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Tailândia sem energia: moradores fazem fila para comprar gelo no terceiro dia de apagão; vídeo

Preço gelo aumento mais de 100% devido à crise na cidade

Dilson Pimentel

Uma grande fila se formou, na manhã desta quarta-feira (21), em frente a uma geleira, no município deTailândia, nordeste do Pará, que entra no terceiro dia sem energia. O apagão foi causado pelo desabamento de uma torre de transmissão no último domingo (18), após um vendaval que atingiu a região.

A falta do serviço básico já acarreta uma sucessão de problemas para os moradores, que encontram dificuldade para preservar alimentos, impactando o comércio e vida doméstica. Nesta quarta-feira, uma sacola com cerca de 10 kg de gelo é vendida por R$ 5.

O morador da cidade Zaquel Silva, de 48 anos, comprou 30 reais em gelo. Ele diz que vai usar em casa e no comércio de venda de alimentos. "É pra não estragar a comida". Zaquel mora no bairro Aeroporto. "Situação tá crítica", afirmou.

Alexandre Barbosa, de 43 anos, diz que, na casa dele, a comida já está sendo preparada e doada, para evitar disperdícios:

"A minha comida, hoje mesmo, eu mandei a mulher cozinhar todinha para dar para alguém. Melhor perder, mas estar servindo alguém, do que jogar fora né? Lá onde eu moro mesmo, tem gente que não tem comida. Eu prefiro dar".

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José Rivaldo Castro tem 51 anos e é vendedor ambulante, conhecido como 'Bebe Água'. Ele vende seus produtos em frente à uma agência bancária da cidade. Sem energia, disse que as pessoas não podem sacar dinheiro, o que prejudica as vendas. "Fica ruim. Fraco", afirmou. O comerciante já comprou 30 reais em gelo e está na torcida para a volta da energia, contudo, lamenta: "Só Deus mesmo".

O professor Diego Vasconcelos, 31, é um dos donos da geleira que está abastecendo a cidade. De segunda-feira, 19, até hoje, 21, ele conta que já comprou, em Tucuruí, três cargas de gelo. Um total de 24 toneladas. "Vendeu em um tapa", disse ele, admirado com a rapidez com que o produto esgotou.

Diego conta que já gastou R$ 10.500 comprando gelo. "A carga de hoje, de 8 toneladas, deve acabar em duas horas". Se não regularizar a energia, ele diz que vai comprar mais gelo. Em momentos de crise como esse, Diego garante que tá repassando o custo mínimo para os clientes: "É preciso bom senso". Mas, segundo alguns moradores, antes da falta de energia o pacote custava 2 reais.

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