Síndrome Respiratória Grave apresenta tendência de queda no Pará, aponta Fiocruz

A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 19 de fevereiro

O Liberal

O Pará apresenta tendência de queda de novos casos de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à covid-19, conforme aponta o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (22). A região Norte também mantém o cenário de interrupção de novos registros da doença. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 19 de fevereiro e são referentes ao à Semana Epidemiológica (SE) 7, de 11 a 17 de fevereiro.

A curto prazo, nas últimas três semanas, o Pará apresentou estabilidade no registro de novos casos. Já a longo prazo, o cenário, segundo o comunicado da Fiocruz, foi de probabilidade de queda de novos registros em 95%. Somente na capital, o boletim mostrou, no entanto, que a curto prazo — nas últimas três semanas —, Belém tem probabilidade de crescimento de novos casos de SRAG em 75%¨, contrário ao cenário também identificado no boletim, que a longo prazo — últimas seis semanas — era da probabilidade 
de estabilidade. 

Nacionalmente, o boletim mostra a manutenção do cenário de aumento do número de novos casos de SRAG associados à covid, especialmente em estados do Sudeste e do Centro-Oeste, além de um sinal incipiente em Santa Catarina. Em boa parte dos estados dessas duas regiões, há uma situação de retomada do crescimento semanal das internações pela doença. 

Também foi identificada a volta da presença de casos positivos para o vírus influenza A, o vírus da gripe. Igualmente concentrados nos estados do Centro-Sul, em especial nas regiões Sudeste e Sul, ainda segundo as informações do boletim da Fiocruz. No entanto, os casos ainda são significativamente inferiores aos da covid-19. 

“Apesar de incipiente, pode indicar um início de processo de aumento. Já o Norte repete o sinal anterior de interrupção desse ciclo que se iniciou na virada do ano. Agora, diversos estados da região já mantêm queda ou interromperam a sequência de crescimento do número de novos casos”, informa o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Crescimento

Em todo o país, há sinal de crescimento tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantém o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. 

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e população a partir de 65 anos de idade. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente em idosos, com maior incidência de covid. 

Sete estados apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Os dados de faixa etária e resultados laboratoriais sugerem que o aumento nesses estados está associado principalmente à covid-19. No Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina o sinal é mais incipiente, sendo mais claro nos demais. Em Minas Gerais, onde também se observou crescimento recente de SRAG por Covid-19, o cenário atual é de oscilação.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) informou que, entre os dias 11 e 17 de fevereiro de 2024, foram notificados 49 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Uma redução de 34%, em comparação ao mesmo período do ano passado, que notificou 75 casos, ainda segundo a Sespa. E no mesmo período, nenhum caso de influenza foi notificado.

A Redação Integrada de O Liberal solicitou mais informações à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) sobre novos casos de SRAG e Influenza em Belém. No entanto, até o fechamento desta matéria, a reportagem não obteve retorno. 

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