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Sespa contesta Ministério da Saúde e diz que surto no Amazonas não foi controlado

Surto no Amazonas começou em fevereiro de 2018 e se espalhou pelo Pará através dos limites interestaduais

Victor Furtado, com informações da Sespa
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O Ministério da Saúde atribuiu ao Pará a responsabilidade pela perda do certificado de país livre do sarampo. Isso porque o último caso confirmado foi no Pará, em fevereiro. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) contestou nesta quarta-feira (20) a maneira como a informação foi veiculada pelo MS. A Sespa ainda reforça: o surto de sarampo começou em fevereiro de 2018 e não foi contido a tempo.

 

 

Pela metodologia da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), a partir de um ano da mesma cadeia de transmissão, os casos são considerados autóctones (naturais ou originados em determinado local) e endêmicos.

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Há 79 casos de sarampo confirmados desde o início do surto no Amazonas

O Pará tem 25 casos confirmados de sarampo neste ano, entre 62 notificações. A maioria em Prainha, que é próximo de Santarém e vizinho do Amazonas. A cadeia de transmissão do vírus começou no Amazonas, afirma a Sespa. Chegou a Santarém e então a Prainha. Essa proximidade é a justificativa para a solicitação de antecipação da campanha de vacinação contra gripe.

A partir de julho de 2018, o Pará notificou 269 casos suspeitos de sarampo, dos quais 79 foram confirmados, incluindo dois óbitos de refugiados venezuelanos que estavam em Belém. No total geral, desde o início no surto amazonense, são 331 notificados, dos quais 104 confirmados, 188 descartados e 39 que permanecem sob investigação.

O município de Santarém foi o que apresentou o maior número de notificações: 116 casos no total, com 39 confirmações até o momento, a mais alto índice de todos. É seguido dos municípios de Prainha, com 49 notificados e 20 confirmados; Monte Alegre, com 17 notificados e 10 confirmados; Belém, com 23 notificados e 9 confirmados; Curuá, com 08 notificados e 08 confirmados; e Juruti, com 15 notificados e 6 confirmados.

"É importante lembrar que para controlar o surto na região Oeste do Pará, que tem a maior incidência da doença devido à sua proximidade com o estado do Amazonas, que apresenta o maior número de casos no Brasil, o Ministério da Saúde e Sespa também implantaram, na região, no início de fevereiro, o Plano de Eliminação do Vírus do Sarampo no Brasil", diz nota da Sespa.

A finalidade do plano é fortalecer os sistemas de Vigilância e Atenção à Saúde, para interromper a circulação do vírus do sarampo no país e garantir que o Brasil permaneça com o Certificado de Eliminação da Circulação do Vírus do Sarampo, que havia recebido, em 2016, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Não havia registro de casos de sarampo no Pará desde os três ocorridos em 2010. Em julho de 2018, a doença voltou a ser confirmada, desta vez em Terra Santa, às proximidades do Amazonas.

RECOMENDAÇÕES CONTRA A DOENÇA

Para evitar a doença, s Sespa recomenda que a população mantenha o calendário de vacinação atualizado; regularize a situação vacinal antes de viagem para municípios, estados ou países onde estejam ocorrendo casos de sarampo; e procurem um serviço de saúde, caso apresente sinais e sintomas de sarampo.

As vacinas contra sarampo estão o tempo inteiro disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e o esquema vacinal acontece da seguinte forma:

  ●  Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral)

  ●  Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice

  ●  Adolescentes e adultos até 49 anos, divididos assim: duas doses das vacina tríplice (pessoas de 10 a 29 anos) e uma dose da vacina tríplice viral  (pessoas de 30 a 49 anos)

Quem comprovar a vacinação contra o sarampo conforme as regras para a própria faixa etária, não precisa receber a vacina novamente.

Cabe aos profissionais de saúde notificar, imediatamente, às Secretarias Municipais de Saúde todo caso suspeito de sarampo, além de coletar amostras para sorologia e biologia molecular no primeiro contato com o paciente. Por fim, investigar imediatamente a ocorrência de outros casos suspeitos.

As Secretarias Municipais de Saúde devem investigar todos os casos suspeitos que atendam à definição de caso de sarampo e realizar bloqueio vacinal nos contatos do caso suspeito, independentemente do resultado laboratorial.

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