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Supermercado recebe vistoria sanitária após caso de metanol em Belém

A informação foi confirmada pela própria empresa à reportagem. O estabelecimento informou que as bebidas do lote citado já haviam sido recolhidas previamente e que a ação da fiscalização apenas formalizou um protocolo de rotina

Da Redação
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A Vigilância Sanitária realizou uma vistoria, neste domingo (7/12) em uma unidade do Grupo Mais Barato, no bairro de Nazaré, em Belém, mesmo dia da divulgação do caso de contaminação por metanol em uma bebida comprada no estabelecimento. A informação foi confirmada pela própria empresa à reportagem. O engenheiro Flávio Acatauassu, de 63 anos, adquiriu a bebida no mês de novembro, e precisou de atendimento médico após passar mal. Exames comprovaram a existência do metanol no organismo do consumidor.

Em resposta à reportagem de O Liberal, a assessoria do supermercado informou que a inspeção “faz parte de um protocolo padrão, realizado em qualquer estabelecimento do setor alimentício”. A empresa afirmou que as bebidas citadas “já haviam sido recolhidas previamente” pela equipe interna e que a visita dos fiscais “apenas formalizou o procedimento de rotina”. O grupo reforçou que segue todas as normas de segurança e que permanece disponível para esclarecimentos.

Horas antes, o supermercado já havia emitido um posicionamento público, no qual afirma ter adotado “todas as medidas cabíveis” após tomar conhecimento do caso. A empresa disse considerar “estranho” que, após 30 dias do consumo, a garrafa utilizada não tenha sido submetida à análise técnica pelas autoridades competentes. Ainda assim, informou que os produtos do mesmo lote foram retirados das prateleiras e colocados à disposição dos órgãos fiscalizadores. O Grupo Mais Barato afirmou ainda ter acionado protocolos de verificação junto ao fornecedor Diageo, responsável pelo whisky comercializado, e declarou compromisso com a transparência e a confiança dos consumidores.

Medidas e posicionamentos

A reportagem solicitou informações adicionais à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), à Polícia Civil, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à Unimed Belém.

A Sespa explicou que o exame que apontou metanol no organismo do engenheiro foi realizado em rede privada e que, por esse motivo, “ainda não recebeu notificação oficial referente ao caso”. Destacou também que, conforme o último boletim disponível, até 9 de outubro de 2025 não havia registro confirmado de intoxicação por metanol no Pará, embora o estado mantenha vigilância intensificada.

A Polícia Civil informou que a Delegacia do Consumidor (Decon) não recebeu, até o momento, o registro formal da denúncia, mas, mesmo assim, intimou a vítima para prestar depoimento o mais breve possível.

A Anvisa também foi procurada, mas não respondeu até a publicação deste texto.

Em nota, a Unimed Belém confirmou que o paciente esteve na urgência do Hospital Unimed Prime na data mencionada e informou que os registros em prontuário “estão sob análise pela Diretoria de Recursos Próprios e pelos núcleos responsáveis pela qualidade e segurança do paciente”. A operadora esclareceu que o exame específico para detecção de metanol não foi solicitado, pois esse tipo de teste é indicado apenas quando o quadro clínico se enquadra nos critérios oficiais para caso suspeito, definidos pela Nota Técnica Nº. 01/2025 – DEVS/DVS/SESPA.

A instituição acrescentou que análises dessa natureza são realizadas em laboratórios externos destinados a investigações do tipo e que os procedimentos obrigatoriamente envolvem o Laboratório Central (Lacen) ou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox). A Unimed disse ainda seguir integralmente as normas do Ministério da Saúde e da Sespa, e que instaurou uma “apuração assistencial completa” para avaliação do atendimento prestado.

Como orientação ao público, a operadora ressaltou a importância de evitar bebidas de origem desconhecida, procurar assistência médica diante de sintomas compatíveis com intoxicação e comunicar suspeitas às autoridades sanitárias. Reforçou também que, segundo a Sespa, até 09/10/2025 não havia casos confirmados de intoxicação por metanol no estado, embora o monitoramento permaneça ativo.

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