Sespa ainda aguarda técnicos habilitados para montar equipamentos de testes da covid-19

Enquanto isso, ampliação da capacidade de testagem no Pará tem apoio do Instituto Evandro Chagas e UFPA

Cleide Magalhães
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Recentemente, o Pará recebeu do Ministério da Saúde equipamentos que permitirão ampliar para até 200 exames diários para o diagnóstico do novo coronavírus, que causa a covid-19. Segundo confirmou, porém, a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen-PA) ainda aguarda a chegada de técnicos habilitados pela Fundação Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para iniciar a montagem dos equipamentos no Pará. 

De acordo com a Sespa, hoje o Lacen-PA já possui capacidade para realizar exames para detectar a covid-19 o suficiente para atender a demanda no Estado. Os resultados dos testes hoje são concluídos em até 48 horas, a partir da entrada no Lacen-PA. Mas esse prazo pode aumentar, caso a amostra estiver inconclusiva. A ampliação dessa capacidade de testagem já ocorre com apoio do Instituto Evandro Chagas (IEC) e da Universidade Federal do Pará (UFPA), que agora passam a processar 120 amostras por dia.  

Crescem casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave 


Até as 20h desta terça-feira (7), o último balanço da Sespa confirmou que havia 43 pacientes internados em todo o Pará por complicações causadas por sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Destes, 13 já confirmaram testes positivos para a covid-19 e outros 30 ainda estão como casos suspeitos, com coleta realizada e com exames em análise no Laboratório Central do Estado (Lacen-PA).

Segundo dados da Sespa, em março deste ano foram internados 212 pacientes por Srag, dos quais 49 foram considerados suspeitos, 15 foram confirmados com covid-19 e 34 descartados. Estes números representam um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2019. 

image Equipe do Lacen-PA: reforço contra o coronavírus (Mácio Ferreira / Agência Pará)

Os coronavírus e síndromes respiratórias agudas 


A infectologista Helena Brígido, vice-presidente da Sociedade Paraense de Infectologia (SPI), explica que existem muitos coronavírus diferentes. A maioria deles causa doenças em animais. No entanto, sete tipos de coronavírus são conhecidos por causar doença em seres humanos.

Quatro dessas sete infecções por coronavírus em humanos envolvem doença do trato respiratório superior leve, que causa os mesmos sintomas do resfriado comum. No entanto, três das sete infecções por coronavírus em humanos podem ser muito mais graves e recentemente causaram grandes surtos de pneumonia mortal. 

Uma delas é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars-Cov-2), que é um coronavírus novo identificado pela primeira vez em Wuhan, na China, no final 2019, como a causa da doença por coronavírus de 2019 (a covid-19) e se espalhou por todo o mundo.

Já o Mers-CoV foi identificado em 2012 como a causa da síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers). O Sars-CoV foi identificado em 2002 como a causa de um surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

"Esses coronavírus que causam infecções respiratórias graves e são transmitidos por animais para os seres humanos (patógenos zoonóticos)", lembra a infectologista Helena Brígido, que é professora da Universidade Federal do Pará.

Um painel para a covid-19 no Pará


A covid-19 é uma doença respiratória aguda que pode ser grave. Ela é causada por um coronavírus recentemente identificado, oficialmente chamado Sars-CoV2. A covid-19 relatada no final de 2019 em Wuhan, na China, disseminou-se amplamente no mundo todo - e por isso é hoje tratada num cenário que exige esforços pandêmicos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

O primeiro caso foi confirmado no Pará foi registrado em Belém, no dia 18 de março deste ano. De acordo com dados do Portal da Transparência Covid-19, que entrou no ar na noite desta terça (7), do Governo do Estado, até o início da tarde dessa quarta-feira (8) são 154 casos confirmados,  6 mortes, 1.135 descartados e 98 casos em anáise para o novo coronavírus no Pará. 
 

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