Portos vivem clima de incerteza em relação a suspensão de rotas Pará - Amazonas
Pelo menos duas embarcações, vindas de Manaus, estão na água e com Belém como destino final

Em Belém, dois portos têm embarcações com a rota Amazonas - Pará. E um porto que opera até o limite da divisa entre os dois estados, na região oeste, como Juruti, Monte Alegre e Santarém. Por enquanto, o clima é de incertezas. Pelos menos duas embarcações estão na água, após saírem de Manaus (AM) para a capital paraense. A previsão de chegada de ambas é no domingo, sem horário definido ainda. Eles deverão ser abordadas, em algum momento, pelas forças de segurança paraenses para retornarem. O desembarque no Pará será proibido.
Em entrevista ao vivo, ao JL1 da TV Liberal, nesta quinta-feira (14), o governador Helder Barbalho (MDB) informou que um ajuste seria feito no decreto 1.273/2020, ainda à tarde, para incluir o transporte terrestre nas restrições, sobretudo veículos vindo de Jacareacanga. Está sendo feito o reforço do policiamento fluvial e terrestre com as polícias Civil e Militar. Um helicóptero fará a busca por transportes clandestinos e portos irregulares. Juruti é um ponto estratégico e delicado de fiscalização, pois é o que recebe o maior fluxo de passageiros.
Ainda na entrevista, Helder Barbalho lamentou a situação do Amazonas em relação à covid-19. Reconheceu que as medidas são drásticas, mas necessárias para manter a segurança da população paraense. A vigência dessas medidas é indeterminada e será avaliada nos próximos dias.
"A situação descontrolada. Com a identificação de uma nova cepa do coronavírus, pela Fiocruz, precisamos evitar a exposição eventual a essa nova mutação. Não queremos que ocorra aqui o que está ocorrendo com nossos irmãos do Amazonas. Pedimos atenção à região oeste e de todo o Pará, para que tenham cuidado e zelo. Esperamos que, na semana que vem, já iniciemos a vacinação", disse, se referindo à projeção otimista do Ministério da Saúde de iniciar a imunização no dia 20, em todo o Brasil.
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Falta de movimento é comum às quintas
A ronda da redação integrada de O Liberal apurou esta manhã, porém, que a falta de movimento nos guichês e portos é comum às quintas-feiras, dias tradicionalmente sem movimento, em Belém, de embarques e desembarques de linhas fluviais que ligam o Pará ao Amazonas.
Portos fechados por decreto
O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou ainda na noite desta quarta-feira (13), por meio vídeo publicado em suas redes sociais, a publicação do decreto que proibiu a circulação de embarcações com passageiros entre o Pará e o Amazonas a parir dessa quinta-feira (14). O governo do Pará diz que o decreto é uma medida preventiva para conter o contágio do coronavírus no Estado.
Boa noite, pessoal. Venho informar que amanhã vamos publicar um decreto proibindo a circulação de embarcações com passageiros entre o Pará e o Amazonas. Esta é uma medida preventiva para conter o contágio do coronavírus no nosso Estado.
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) January 13, 2021
#ParáContraoCoronaVírus. pic.twitter.com/yGpUXBMoaS
O decreto prevê que as fronteiras paraenses estão fechadas ao estado do Amazonas, com monitoramento da Polícia Militar, com embarcações e aeronaves. A circulação por transporte aéreo com passageiros oriundos do Amazonas, também está em pauta para restrições. O governo do Estado disse que deve formalizar ainda esta quinta junto à Infraero a proibição da circulação de passageiros via transporte aéreo no Pará.
Caso suspeito de covid-19 deteve embarcação de Santarém
Nesta quarta-feira (13), um passageiro com sintomas de covid-19 passou mal durante uma viagem de barco do Amazonas ao Pará. A embarcação, que saiu de Manaus (AM) rumo a Monte Alegre, no oeste do Pará, atracou em Santarém, em um porto no bairro Prainha, no fim da tarde. Lá, o passageiro foi atendido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Outros 212 passageiros estavam a bordo e tiveram que desembarcar e passar pela barreira sanitária, onde foi verificada a temperatura corporal das pessoas. Integraram a ação três ambulâncias do Samu, e fiscais da Vigilância Sanitária e Arcon.
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