Polícia indicia trio suspeito de incendiar Mosqueiro

Dados do Hospital Municipal de Mosqueiro mostram um crescimento expressivo nos atendimentos a pacientes com doenças respiratórias, especialmente entre crianças

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Igor Mota/O Liberal
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A Polícia Civil indiciou três pessoas, nesta sexta-feira (08/11), sob acusação de provocarem incêndios que se alastraram por áreas da Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, atingindo a vegetação local e comprometendo a saúde dos moradores. Com o apoio de investigações e denúncias, o inquérito agora busca esclarecer a extensão das queimadas e as responsabilidades individuais dos envolvidos. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), os indiciados estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 500 a R$ 50 milhões, de acordo com a legislação ambiental vigente.

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O diretor-geral da Semma, Leonardo de Jesus, destacou que o órgão já está atuando na produção de um relatório detalhado sobre a fiscalização realizada na área afetada. “Vamos solicitar a cópia do inquérito policial para lavrar o auto de infração que vai responsabilizar administrativamente os acusados”, afirmou de Jesus, sinalizando o compromisso da Secretaria com a responsabilização dos autores do crime e a contenção dos danos ambientais. 

A situação em Mosqueiro tem gerado uma série de problemas respiratórios na população. Dados do Hospital Municipal da Ilha, mostram um crescimento expressivo nos atendimentos a pacientes com doenças respiratórias, especialmente entre crianças, desde o início das queimadas. Na última semana, o número de atendimentos diários quase quadruplicou, indo de 3 para cerca de 40, em poucos dias.  

Segundo o coordenador da Defesa Civil, as ações para controlar o fogo começaram a mostrar resultados, com uma redução de 70% na incidência de fumaça nas últimas 24 horas. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que segue monitorando o atendimento dos casos respiratórios e mantém atenção para possíveis complicações decorrentes da exposição prolongada à fumaça, que tem afetado moradores como Maria Machado e José Natalino, impactados pela fuligem e pelo ar carregado na região. 

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