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‘Pesquisa do IBGE é um avanço, mas requer aprofundamento’, diz Movimento LGBTQIA+ do Pará

Bárbara Pastana, presidente do Movimento LGBTQIA+ do Pará, comentou sobre a importância do estudo para a comunidade homoafetiva

Fabyo Cruz
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A primeira pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação à quantidade de pessoas que se auto identificam como homossexuais ou bissexuais no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (25), é considerada um avanço para entidades ligadas aos Direitos Humanos. No entanto, o estudo não coletou dados sobre identidade de gênero. Para algumas organizações como o Movimento LGBTQIA+ do Pará, um levantamento específico dará visibilidade para alguns grupos.

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Tornar evidente o número de pessoas homoafetivas do Brasil pode gerar impactos positivos à comunidade, sobretudo durante as eleições deste ano, diz Bárbara Pastana, presidente do Movimento LGBTQIA+ do Pará. Ela comenta que a população foi invisibilizada por diversas vezes pelas autoridades municipais, estaduais e federais, ficando de fora das políticas públicas, apesar de representarem uma parcela considerável do eleitorado brasilelro.    

“O levantamento é muito importante porque mostra para a sociedade que uma grande parte dela existe. Sabemos que o número de pessoas LGBTQIA + é muito maior no Brasil, pois muita gente deve ter ficado de fora por diversos motivos. Mas mesmo assim é um grande avanço por mostrar que estamos aqui. Agora os candidatos à presidência da República, por exemplo, vão se ver obrigados a pensar em propostas para a gente, se não vão perder votos”, comentou.

Características da população e identidade de gênero

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, não coletou dados sobre identidade de gênero, mas o instituto estuda metodologias para incluir esse tema em suas pesquisas, Segundo informou Maria Lucia, coordenadora do estudo, a coleta dessa característica da população nas pesquisas domiciliares requer uma abordagem diferenciada e pesquisas complementares por parte da instituição. Para Bárbara Pastana, não abordar a especificidade invisibiliza, por exemplo, pessoas trans e travestis

“O avanço já aconteceu, agora penso que é um processo evolução. É preciso abordar não só a orientação sexual das pessoas, mas também a identidade de gênero delas. A população trans e travestis é muito grande no país. Elas precisam de um olhar diferenciado para que políticas públicas também sejam elaboradas para esse público. Mas como afirmei, nesse primeiro momento, foi uma grande conquista sem dúvidas”, disse a presidente do Movimento LGBTQIA+ do Pará.    

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